Conforme revelou logo cedo o ex-Blog do JC, na manhã desta terça um grupo de 20 pessoas carregando bandeiras do MST, segundo informações de funcionários da Usina Estreliana, invadiu uma faixa de terra do Engenho Taquara depredando uma pequena porção do canavial e plantando em seu lugar sementes de feijão, em ato simbólico.

Em nota de esclarecimento divulgada agora há pouco, a empresa diz que, na legítima defesa de seus interesses, ingressa em juízo na tentativa de responsabilizar criminalmente os responsáveis pela desordem e dano à sua propriedade. “Os manifestantes ignoraram por completo o apelo de representantes dos proprietários da empresa prejudicando por completo o andamento do trabalho de mais de 1.400 famílias empregadas nesse engenho”.

Na nota, a empresa reclama que não é improdutiva para ser invadida. “Contrariando os motivos de improdutividade declarados pelos manifestantes, a Usina Estrelina fechou a safra com números para lá de positivos.

No quesito empregabilidade, por exemplo, manteve vinculado ao quadro da empresa mais de 2.400 pessoas, obteve um crescimento superior a 50% no número de trabalhadores em todos os setores produtivos e isso reflete benefícios, como o pagamento de mais de R$ 10 milhões em salários.

Somente no último ano a empresa empregou 936 trabalhadores, em caráter fixo”, diz o texto. “A Estreliana é uma das principais empresas de Pernambuco, ela vem empregando muito e está em excelentes posições”, comenta o superintendente do Sindaçucar-PE Marcelo Guerra.

Um dos principais focos de investimentos da empresa é o setor agrícola.

No último ano, a empresa fechou com mais de R$ 10 milhões investidos, dos quais só R$ 2 milhões em irrigação.

No último ano, a empresa forneceu 20 mil toneladas para a trade francesa Sucden.

Cerca de 80% do açúcar exportado pela usina é realizado pela multinacional, tendo a Rússia como o maior comprador do produto.