Da Agência Brasil Estudo feito pelo economista Márcio Pochmann, da Universidade de Campinas, mostra que a cada 100 jovens que entraram no mercado de trabalho entre os anos de 1995 e 2005, 55 ficaram desempregados.

No período, o desemprego entre a população de 15 a 24 anos de idade cresceu muito mais do que para as demais faixas etárias.

A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad – IBGE) registra que, em 2005, a quantidade de jovens sem emprego era quase 107% superior a de 1995.

Para o resto da população, o desemprego foi 90,5% superior nos últimos 10 anos.Também segundo o IBGE, a situação do desemprego é pior para as jovens do sexo feminino.

Nesse grupo, a taxa de desemprego passou de 14,1% para 25% em 10 anos (aumento de 77,4%), enquanto que para a de jovens do sexo masculino a variação foi de 9,7% para 15,3% (aumento de 57,8%).Para Pochmann, o fato de o país ter, em 2005, um desempregado a cada cinco jovens (sendo que de uma a cada quatro eram do sexo feminino), fez com que o Brasil gerasse menos emprego para o restante da população. “Hoje ele (o jovem) consegue alguma ocupação, algum bico, estágio, mas no momento seguinte ele volta a estar desempregado.”Segundo o economista, essa situação se deve ao baixo crescimento da economia nacional.

Para ele, o Brasil deveria crescer 5% ou 6% ao ano para poder absorver cerca de 2,5 milhões de pessoas que ingressam no mercado de trabalho.