Redação Terra Depois de 33 anos sem aparecer para trabalhar como engenheiro agrônomo na Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, o deputado estadual Ary Rigo (PDT) foi demitido pelo governo gaúcho.
A demissão corrige, com décadas de atraso, um erro burocrático.
Rigo, que cumpre o sexto mandato como deputado estadual em Mato Grosso do Sul, descobriu por acaso que ainda estava no quadro de servidores do Rio Grande do Sul, quando resolveu iniciar a averbação de sua aposentadoria no final do ano passado.
Ele começou a trabalhar na secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul como técnico agrícola em 1964; cinco anos depois, assumiu o cargo de engenheiro agrônomo na mesma pasta.
Em 1972, Rigo decidiu pedir afastamento de suas funções por dois anos sem remuneração para tentar a sorte no então sul de Mato Grosso (hoje Mato Grosso do Sul).
Acabou ficando no Centro-Oeste e nunca mais voltou para o emprego público no Sul.
Só que o governo gaúcho esqueceu de exonerá-lo em 1974, quando venceu a licença não remunerada e ele deveria se reapresentar ao posto.
O deputado diz que não recebeu o salário referente ao emprego depois que pediu a licença. "Nunca recebi, também não trabalhava", contou o deputado.
A exoneração do só saiu no Diário Oficial do RS no último dia 15 com efeito retroativo a 1º de março de 1974.