O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, reafirmou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) só terá os resultados esperados se o país promover uma ampla reforma tributária e ajustes na Previdência Social. ] Monteiro Neto e representantes das demais confederações empresariais entregaram, na terça-feira, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um documento com a avaliação do setor produtivo sobre o conjunto de medidas anunciado pelo governo em janeiro. "O PAC é positivo.

No entanto, lembramos que a preocupação dos empresários é com a questão fiscal", disse o presidente da CNI.

Ele destacou que, se o país continuar produzindo superávits à custa do aumento da carga tributária sem a contenção dos gastos públicos, dificilmente retomará o crescimento econômico. "O que impede a aceleração da taxa de crescimento no Brasil é a carga tributária asfixiante", afirmou Monteiro Neto.

Segundo ele, os empresários lembraram ao presidente Lula que o crescimento sustentado depende do enfrentamento da questão fiscal. "É preciso conter o gasto corrente e equacionar a questão da Previdência a curto e médio prazo", lembrou.

Além disso, os empresários demonstraram ao presidente Lula a intenção de contribuir com a gestão do PAC. "Não queremos invadir áreas que são da responsabilidade do governo, mas oferecer ao governo permanentemente uma visão do setor privado", afirmou Monteiro Neto. "O presidente Lula recebeu a sugestão de maneira positiva.

Lembrando que o próprio Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial foi um espaço criado pelo governo para que a interlocução com o setor privado seja permanente."