A conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Teresa Duere diz que os fundos previdenciários dos municípios pernambucanos, com raras exceções, são verdadeiras "bombas-relógio" porque os prefeitos não estão depositando corretamente a contribuição patronal que asseguraria, no futuro, o pagamento de aposentadorias e pensões aos seus associados.

Julgado, na segunda-feira, pela Segunda Câmara do TCE, o processo de prestação de contas do Instituto de Previdência de Bezerros (Iprebe) é um exemplo.

Pelo cálculo da conselheira, cerca de 5% desses fundos estão funcionando regularmente, sendo capitalizados pelas contribuições dos servidores e das respectivas prefeituras, ante 95% que se encontram totalmente irregulares.

Ela acha que mais cedo ou mais tarde o Tribunal de Contas terá que fazer uma auditoria especial nessas entidades porque a maioria das prestações de contas que o órgão tem analisado são consideradas irregulares.

O mais recente caso de irregularidade foi o do Iprebe.

A prestação de contas foi julgada irregular e a administradora do fundo, Cláudia Dias Costa da Silva, condenada a pagar uma multa no valor de R$ 3.500,00.