Por Giovanni SandesEspecial para o Blog de Jamildo O diretor do Instituto Ilumina, José Antônio Feijó, não perdoa uma ausência.

Nem quando os outros faltam, nem quando é ele o faltoso.

Apesar de ter chegado apenas à tarde no seminário Integração de Bacias e Gestão de Águas no Nordeste, realizado no Recife Praia Hotel (no Pina), rebateu a argumentação sobre o valor da conta de luz feita durante a manhã pelo presidente da Celpe, José Umberto de Castro, que não estava mais presente no evento. “Eu não sabia que o presidente da Celpe estaria aqui, pela manhã”, começou, antes de descarregar sua artilharia.

José Umberto garantiu que caso a inadimplência e o roubo de energia diminuíssem, os ganhos da Celpe seriam repartidos com os consumidores.

E emendou que, apesar das críticas, hoje a empresa compra energia elétrica à Termopernambuco, também do Grupo Iberdrola/Neoenergia, ao custo de R$ 125 megawatts-hora (MWh), mais barato que nos leilões, onde o insumo estaria sendo adquirido por R$ 130 o MWh. “Queria estar aqui para contradizê-lo”, disse Feijó, que começou em seguida a relacionar os números utilizados pela Celpe para o cálculo do reajuste 2005.

De acordo com ele, o preço unitário (do MWh) adquirido pela empresa à Termopernambuco custou R$ 136,71 e a quantidade negociada representou 34,5% dos 9,967 milhões de MWh comercializados pela Celpe.

Outros 19,36% vieram da Chesf ao custo de R$ 63,47, mais 18,43% de terceiros, por R$ 73,65, e 27,68% nos mencionados leilões, por R$ 59,79. “No ano passado, esses valores se repetiram”, ironizou.

E ainda teceu críticas à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), também ausente. “A Aneel criou cartilhas sobre os reajustes de cada distribuidora e afastou a hipótese de que a Termopernambuco seja a responsável pelos aumentos da Celpe.

Ao mesmo tempo, disse que o motivo é o fim dos contratos iniciais, justamente quando o fornecimento passou da Chesf para a Temopernambuco.”