Atenção pessoal de Cabrobó, o pau vai cantar por aí. É que dentre as principais mobilizações já anunciadas, pelos movimentos sociais contrários ao projeto da transposição, estão acampamentos nos locais previstos para a captação das águas do Velho Chico e um outro em Brasília (DF), para onde se dirigirão seis ônibus no dia 12 de março.
Durante os protestos na capital federal, que não possuem prazo para terminar, será realizada uma série de ações nos órgãos responsáveis pela liberação da obra, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) eo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de superar a pressão popular, para começar, o projeto precisa da licença ambiental de instalação.
Já o licenciamento prévio, concluído em 2005, permanece sendo julgado no STF.
A primeira manifestação da jornada de lutas já aconteceu.
Foi no lançamento de Belo Horizonte (MG) da Campanha da Fraternidade 2007, cujo tema é a defesa da Amazônia.
No evento, cerca de 2 mil pessoas participaram do lançamento de um manifesto no qual alertam: “aqui estamos, na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, tão ou mais ameaçada que a amazônica.
Protestos como o de Belo Horizonte estão previstos para acontecer, nos próximos dias, em Ibotirama e Juazeiro (ambos na Bahia).
Também está sendo planejada uma articulação com movimentos feministas para incorporar o veto à transposição na pauta do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março.
Mais de 50 entidades – entre elas a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), a Pastoral dos Reassentados, a Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) – anunciaram, também no dia 22, o início de uma grande jornada de lutas.