Da Folha Online A disputa interna no PT prolongou a reunião da Executiva Nacional da legenda, nesta segunda-feira, que definiu os cargos que o partido deseja ocupar no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo dirigentes petistas, as várias correntes da legenda tentam emplacar nomes para os ministérios e demais escalões da administração federal.
Ou seja, há gente demais para cargos de menos.
A reunião durou seis horas.
A corrente Movimento PT –que tem nas suas fileiras o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (SP)– apresentou uma lista que tinha três nomes.
Foi confrontada com o fato de já ter a presidência da Casa Legislativa.
O grupo, porém, rejeita essa tese e alega que a Câmara não tem relação com a reforma ministerial.
O Campo Majoritário, por sua vez, tenta emplacar a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy no Ministério das Cidades.
Para isso, o grupo entoa o discurso de que ela é unanimidade no partido.
Na reunião da Executiva hoje, membros do Movimento PT salientaram que não é bem assim.
Marta é um nome nacional, mas não representa todo o partido.Os problemas, porém, não são apenas com relação aos ministérios.
Os petistas divergem também sobre os nomes que serão indicados para os demais escalões, como as presidências de estatais e bancos públicos.
A indicação para esses cargos costuma ter menos interferência do presidente da República, que geralmente atende às pressões dos partidos.
No caso dos ministérios, que são vitrine do governo, a decisão final é exclusiva do presidente.