A nova presidente da Fundarpe, Luciana Azevedo, defendeu, em entrevista ao ex-Blog do JC, as mudanças que vem fazendo na gestão da instituição.
As colocações são uma resposta às críticas que um grupo de servidores, sob anonimato, está fazendo, depois da exoneração do arquiteto Luiz Muriel da cordenadoria de patrimônio histórico e a indicação de Joana Mendonça, apontada como desconhecida.
Veja os principais trechos: DesapontamentoFico decepcionada com esse tipo de comentário porque fiz uma transição tranqüila com Bruno Lisboa e já nos reunimos com todos os funcionários, explicando as mudanças que planejamos levar adiante.
Foi tudo cordial.
O problema é que, depois de oito anos de Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho no poder, alguns não estão acostumados com a alternância de poder, com a sazonalidade que a democracia proporciona.
Técnica conhecidaSobre a nova coordenadora, Joana Mendonça, a presidente da Fundarpe explica que ela foi diretora de Cultura de Olinda e era responsável por todas as versões do Arte em Toda Parte.
A sua indicação não é política, apesar de ela ter trabalhado com Luciana Santos (PC do B). É da minha responsabilidade.
A sua missão é justamente a de juntar patrimônio e cultura, pois o que queremos aqui é o patrimônio vivo, que emociona, como ocorreu em Olinda.
Relação com a culturaChamei os técnicos e avisei que eles ficariam ligados a mim.
Não indiquei ainda a diretoria de patrimônio, mas a indicação de Joana Mendonça faz parte de uma estratégia maior, que passa pela conjugação de ações entre as secretarias de Cultura e Turismo.
Ela foi coordenadora do sítio histórico de Olinda e é a pessoa certa para o cargo, embora possam existir outras concepções para a área.
O que queremos é que o patrimônio passe a ter vida.
Ela é uma escolha pessoal técnica minha.
TempoSó estámos há 40 dias do novo governo. É preciso ter paciência com a transição.
Vou agilizar as indicações para montar logo o novo perfil da Fundarpe.
TransparênciaOuvimos todos os cargos de confiança, falamos com os diretores.
Não tivemos exoneração em massa e eu pedi até fevereiro para fazer as mudanças da transição.
Por isso, não estou demitindo ninguém. É a transição.
Estou fazendo tudo com respeito aos servidores, com respeito à instituição, mas também de acordo com os apoios que o governador Eduardo Campos recebeu.
Com todo o respeito à gestão passada, não era esse o perfil de diálogo com os servidores.
Eles nunca foram tão ouvidos.