Do Blog do Josias O IBGE divulgará na próxima quarta-feira uma má notícia.
Refere-se ao resultado do PIB no ano de 2006.
Ficará abaixo de 3%.
Segundo as perspectivas dos agentes do mercado financeiro, divulgadas nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central, a economia brasileira cresceu no ano passado só 2,7%.
Uma previsão muito próxima da que foi feita pela Cepal: 2,8%.
Seja 2,7% ou 2,8%, o desempenho do PIB brasileiro voltará a ocupar posição constrangedora no ranking das economias latino-americanas.
Superará apenas o desempenho do Haiti (2,5%).
Ficará muito atrás da República Dominicana (10,7%), da Venezuela (10,3%), da Argentina (8,5%), do Uruguai (7,3%) e até do Paraguai (4%).
O desempenho do Brasil será acanhado também na comparação com os países do chamado BRIC –sigla que reúne as letras iniciais das quatro principais economias emergentes do mundo.
A China cresceu 10,7% em 2006.
O governo da Índia estima que seu desempenho de sua economia será positivo em 9,2%.
A Rússia cresceu 6,8%.
As autoridades da equipe econômica brasileira já ensaiam o discurso que irão esgrimir a partir da divulgação dos dados acerbos do IBGE.
Dirão, em uníssono, que a situação de 2007 será diferente.
Brandindo o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), acenarão com crescimentos mais expressivos nos anos vindouros: entre 4% e 4,5% em 2007 e 5% em 2008.
São previsões dissociadas do ânimo do mercado.
Conforme as opiniões recolhidas pelo Banco Central, os agentes financeiros brasileiros apostam em 3,5% para 2007 –percentual idêntico ao previsto pela Cepal.
Cravam os mesmos 3,5% para 2008. confirmando-se essas expectativas, o Brasil empataria no penúltimo lugar com o Paraguai, superando, novamente, apenas o Haiti, cuja previsão de crescimento para 2007 é de 3%.
Aos pouquinhos, o Brasil vai perdendo o bonde da prosperidade mundial.
Tomando-se apenas a América Latina, o crescimento médio em 2006 foi, segundo a Cepal de 5,3%.
Para 2007, prevê-se que o continente crescerá 4,7%.
Em meio a essa atmosfera adversa, o governo anuncia para março a revisão da metodologia adotado pelo IBGE para calcular o PIB.
Pretende-se, entre outras coisas, aumentar o peso do setor de serviços, que estaria subestimado no cálculo atual.
Se não for muito bem explicadinha, a revisão soará como uma “mandracaria”.