A transição de governo na Fundarpe não se dá sem percalços.
Sob a condição de anonimato, ante o receio de represálias, funcionários questionam demissões e nomeações realizadas pela nova presidente do órgão, Luciana Azevedo, no começo deste mês.
Como ela é formada em arquitetura, era grande a expectativa com a nova gestão.
A decepção, para alguns deles, veio com a exoneração do arquiteto Luiz Moriel, ex-coordenador de Patrimônio Histórico da Fundarpe. “Ninguém entendeu a exoneração do arquiteto Luiz Moriel, para em seu lugar ser nomeada a Sra Joana Mendonça, que absolutamente NINGUÉM que trabalhe ou simplesmente se interesse pela área de patrimônio conhece e/ou já ouviu falar”, reclamam, em mail enviado ao ex-Blog do JC. “Não temos nada contra a pessoa da Sra Joana, mas questionamos a nomeação de alguém sem nenhuma experiência numa área que necessita tanto de conhecimentos técnicos.
Ela com certeza deve poder colaborar, mas a pergunta que passa por todos é se está na coordenação certa”, informam os funcionários, no mesmo mail.
Mais: “Como funcionários, estamos acostumados aos caminhos tortuosos que levam aos cargos comissionados, mas dessa vez conseguiram deixar pasmos até mesmo os macacos velhos em transições políticas”. “Único órgão responsável pelo patrimônio em Pernambuco, a Fundarpe possui equipe técnica que vem sobrevivendo à tristeza de ver velho casarões desabando sobre a cabeça dos transeuntes e que deve ter sido a única equipe da casa que se antecipou à solicitação da atual presidente de formular documento com dificuldades e sugestões”.
Curiosamente, a nova presidente tinha prometido ouvir os técnicos.
Feito o registro, a coluna eletrônica fica à disposição dos esclarecimentos da Fundarpe ou de quem possa interessar-se pelo patrimônio público.