Do Painel da Folha de São Paulo A resistência do PSB em abdicar de seu melhor ministério, manifestada ontem formalmente a Lula, já era cantada por Ciro Gomes a colegas de Câmara antes do Carnaval. "Vamos reagir", avisava o ex-titular da Integração Nacional, enquanto crescia, na bolsa de apostas, o nome de Geddel Vieira Lima para o cargo.Ciro nunca escondeu a contrariedade com a perspectiva de nomeação do deputado peemedebista para um posto em que deixou um substituto de sua inteira confiança, Pedro Britto.

Em privado, o ex-ministro lembra que Geddel, além de neolulista, vem de um Estado -a Bahia- contrário à transposição do São Francisco, carro-chefe da pasta.

Já os aliados de Geddel acreditam que Ciro quer manter a Integração sob sua influência como plataforma para 2010.A serviço 1.

Na bica para receber a Integração Nacional, o PMDB da Câmara faz uma outra leitura do renovado esforço do PSB para se manter no comando da pasta: seria uma maneira de embolar o jogo, favorecendo os peemedebistas do Senado.

A serviço 2.

No entender dos peemedebistas alinhados com o PT na Câmara, adversários do "bloquinho" no qual reina o PSB de Eduardo Campos, não foi à toa que o governador de Pernambuco perguntou a Lula, ontem, se o presidente pretende esperar o resultado da eleição interna do PMDB para anunciar a reforma.

A alegada resposta positiva é tudo o que o senador Renan Calheiros queria ouvir.