Em nota oficial, o Fórum dos Servidores Municipais do Recife defende o amplo direito dos movimentos sociais de expressarem sua opinião, como ocorreu com o companheiro e coordenador do Fórum pela Ética na Política, Luís Carlos Lins, que criticou publicamente o reajuste de 46,35% no salário do prefeito João Paulo.

Entendemos que a liberdade de expressão é ampla, aberta, livre a todos, e numa democracia é dado a qualquer um o direito de expressar o seu pensamento e, no ordenamento jurídico democrático, por ele deve responder, além de que, o que foi expresso pelo companheiro não é uma opinião individual, pois reflete a posição da CUT e seus sindicatos filiados, assim como todas as entidades que compõem o Fórum pela Ética na Política.

O Fórum dos Servidores Municipais do Recife, coordenado pela CUT-PE, presidida pelo sindicalista Sérgio Goiana, avalia como injustificável e de um verdadeiro “jogo de palavras” a postura da Câmara Municipal do Recife, no que diz respeito ao reajuste salarial de 46,35% concedido ao prefeito João Paulo, ao vice Luciano Siqueira e a todo o secretariado.

Na prática, a reunião dos vereadores do Recife na tarde de quinta-feira teve como resultado, além da incerteza sobre o futuro do reajuste municipal, o silêncio e a falta de clareza.

Lamentamos também a postura do prefeito João Paulo que se omitiu e não vetou o reajuste, fato este que provocou indignação em toda a sociedade.

Queremos saber em que foi baseado o índice de aplicação do reajuste salarial dado à cúpula do Executivo Municipal.

O reajuste de 46,35% à cúpula do Executivo foi aprovado pela Câmara de vereadores do Recife em dezembro último, por unanimidade, passando a valer retroativo a janeiro desse ano.

Com ele, os subsídios de João Paulo passaram de R$ 10 mil para R$ 14.635, os de Luciano Siqueira, de R$ 9.500 para R$ 13.900, e dos secretários, de R$ 8.850 para R$ 12.900.

As entidades sindicais integrantes do Fórum exigem antes de tudo que haja clareza dos poderes municipais Executivo e Legislativo, uma vez que o tratamento dispensado pela PCR, aos servidores em campanhas salariais, tem constantemente frustrado suas expectativas.

Diante de tal fato, o Fórum reivindica o cumprimento da Lei 17.065/2004, da Mesa Diretora da Câmara Municipal do Recife, que fixou o subsídio do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais, no ano de 2005, em seu parágrafo único “a revisão do subsídio dos agentes políticos previstos no caput deste artigo observará a periodicidade anual e o mesmo índice aplicável aos servidores públicos municipais”.

FÓRUM DOS SERVIDORES MUNICIPAIS –COORDENADO PELA CUT-PE