A jovem Deise Ramos, 22 anos, baleada na altura do pescoço durante a apresentação do Pipocão de Carlinhos Brown, na madrugada desta terça-feira, na Barra, pode ficar paraplégica.
Com uma lesão na coluna cervical, ela permanece internada no Hospital Geral de Salvador, na capital baiana.
As informações foram fornecidas pelo hospital.
Na mesmo lugar em que Deise foi baleada, Jomário Barbosa da Cruz, 24 anos, foi atingido com dois tiros na cabeça e morreu enquanto era socorrido por populares.
A polícia acredita que o crime tenha sido premeditado, pois não houve nenhuma briga nos momentos que antecederam os tiros.
Logo após os disparos, a Polícia Militar prendeu o estudante Ednaldo da Paixão Machado, 18 anos, acusado do homicídio.
Na polícia, ele foi reconhecido por uma irmã de João Mário e por mais uma testemunha, mas negou ter atirado.
Ainda segundo informações da polícia, a arma do crime não foi localizada.
Ela teria sido passada para uma outra pessoa, logo após os disparos.
Uma testemunha, que ajudou a socorrer o rapaz, disse que os disparos teriam ocorrido por causa de uma rixa entre moradores da periferia de Salvador.
Um irmão de Deise, que também estava no local do crime, foi baleado há 15 dias, o que reforça, para a polícia, a tese de crime premeditado.
Balanço parcial Entre quinta-feira e a manhã de segunda-feira, foram registradas 1,28 mil ocorrências nos circuitos da festa na Bahia, um aumento de 28% em relação ao ano passado de acordo com o Governo do Estado.
A maioria dos registros aconteceu no trajeto Barra-Ondina, na orla.
No total, foram 249 casos de lesões corporais, 47 de agressões físicas, 809 furtos e 105 roubos.
Nos quatro primeiros dias do Carnaval, aconteceram ainda três tentativas de homicídio no circuito de Campo Grande e um na Barra-Ondina.
Nenhuma vítima corre risco de morte.
Foram detidas 1.032 pessoas neste período, quando ocorreram 12 prisões em flagrante.
Arrastões A violência também assusta os foliões de Salvador que usam o transporte público da cidade.
Segundo o Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (GERRC), já foram registrados 53 arrastões nos ônibus desde o início do Carnaval.
Somente na madrugada desta terça-feira, a polícia registrou 16 arrastões nos veículos.
Os bandidos agem em grupos, principalmente, entre 3h30 e 5h.
Eles invadem os ônibus, rendem os passageiros e levam todos os seus pertences.
Polícia registra 53 arrastões em ônibus em Salvador Na madrugada desta terça-feira, os bandidos voltaram a atacar os ônibus da cidade de Salvador.
De acordo com o Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (GERRC), foram registrados 16 arrastões nos coletivos nesta madrugada. "Foram presas dez pessoas que estavam quebrando ônibus nesta madrugada.
Elas foram autuadas pelo crime de dano.
Desses dez, um era menor de idade e foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente Infrator", explicou o delegado Pietro Baddini, do GERRC.
Os bandidos agem em grupos de 30 a 40 pessoas, principalmente, entre 3h30 e 5h.
Eles invadem os ônibus, rendem os passageiros e levam todos os seus pertences.
Para coibir os arrastões, a polícia de Salvador ampliou o número de viaturas em circulação durante a madrugada e conta, inclusive, com um helicóptero para monitorar o movimento dos veículos da cidade. "Nós estamos identificando os bairros com maior ocorrência desses arrastões.Colocamos viaturas despadronizadas nas ruas e estamos abordando as pessoas no ponto de ônibus.
Além disso, alguns policiais estão à paisana dentro dos coletivos", completou o delegado.
Segundo Baddini, houve uma queda de 14% nas ocorrências envolvendo ônibus em Salvador com relação ao mesmo período do Carnaval do ano passado.