Por Gilvan OliveiraDa Editoria de Política A Prefeitura de Olinda resolveu fiscalizar o comércio ambulante nas ladeiras históricas durante o Carnaval sem chamar a atenção dos querem burlar as normas.
Alguns fiscais do Controle Urbano municipal caminham pelas ruas à paisana, como se fossem foliões, com uma lata de refrigerante na mão e conversando com um amigo.
Observam tudo e quando constatam a irregularidade no comércio de bebidas nas principais ruas por onde passa a folia, chamam a guarda municipal que recolhe todo o material do ambulante irregular.
Um desses fiscais, que se identificou apenas como Mergulhão, passava pela Rua 13 de Maio por volta das 10h30 de hoje quando viu três vendedores ambulantes ocupando a calçada e atrapalhando a passagem dos blocos.
De imediato chamou a guarda municipal e outros fiscais que, ao contrário dele, trabalham com camisas de identificação.
Os comerciantes tiveram suas mercadorias recolhidas.
De acordo com Mergulhão, trabalham por dia 368 fiscais com camisetas identificadoras e mais 37 como ele, à paisana, só observando.
Tudo para fazer valer a lei aprovada ano passado pela Câmara de vereadores de Olinda proibindo que os vendedores ambulantes parem com seus depósitos nas calçadas das ruas na Cidade Alta onde circulam os blocos, troças e maracatus.
A prefeitura destinou a Rua do Sol, a Praça da Liberdade, mais conhecida como Praça da Preguiça, o Varadouro e a Avenida Sigismundo Gonçalves para esses vendedores.
O comerciante José Ronaldo, um dos que teve a mercadoria apreendida, protestou contra os locais destinados pela prefeitura para o comércio ambulante. “Não tem movimento.
Lá só dá ladrão.
Trabalho nessa calçada (na 13 de maio) há uns 10 anos e agora estão criando problema”, disse, informando ter pago R$ 82 por uma autorização para vender cerveja, água e refrigerante durante o Carnaval.