Por Paulo Sérgio Scarpa Redator da coluna Repórter JC O centro do Recife, entre a Rua do Imperador e o Bairro do Recife, esteve entregue nesta segunda-feira aos flanelinhas, apesar da presença da Polícia Militar e dos guardas da CTTU.
Quem teve a sorte de encontrar alguma vaga nas ruas e avenidas tomadas de carros, caminhões, Kombis e vans, teve de enfrentar os flanelinhas, que pediam entre R$ 5 e R$ 10 para "cuidar" do carro, mas quando não recebiam o dinheiro na hora, a coisa mudava de conversa.
Por volta das 20h30, na Rua do Imperador, na frente da antiga sede do Jornal do Commercio, o repórter presenciou um bate-boca entre um motorista, acompanhado da namorada, e três flanelinhas que tomavam conta do calçadão, apesar da presença de guardas da CTTU, que ouviama discussão como se não tivessem nada a ver com o assunto.
Flanelinha 1 - Tem de pagar agora R$ 5 para deixar o carrro…
Motorista - Só pago depois e quanto eu quiser…
Flanelinha 2 - É melhor voce pagar agora, mano.
Motorista - Pago nada e o carro fica aí, tá ok?
Flanelinha 3 - É melhor pagar agora, senhor, a gente não se responsabiliza por nada depois, o senhor sabe… qui só tem maloqueiro…
Namorada - Paga agora, amor, paga pra gente poder ir em paz…
Motorista - Pago nada…
Flanelinha - É melhor fazer o que ela manda, patrão…
Motorista entra no carro, manda a namorada fazer o mesmo, dá a partida e sai gritando palavrões.
Os três flanelinhas dão risada e continuam a cercar carros para estacionar.
Três guardas CTTU deixam o local tranquilamente.
No outro lado da rua, na frente do prédio do Arquivo Público do Esado, ameaçam guinchar dois carros que acabaram de estacionar.
Após uma rápida conversa, os motoristas deixam o local a pé, sem problemas, em direção ao Bairro do Recife.
Questionado pelo repórter do Blog do JC sobre os flanelinhas, o prefeito João Paulo diz que "nada pode fazer" porque considera que "a segurança do cidadão é assunto da Secretaria Estadual de Defesa Social".
E disse que os flanelinhas recebem credenciamento da Prefeitura do Recife.
De fato, os três flanelinhas exibiam uma xerox plastificada, no qual não dava para ler nada, supostamente dizendo que eram credenciados pela PCR, logo o motorista podia "confiar".
Quem se arrisca?