Por Paulo Sérgio Scarpa Da Coluna Repórter JC O multiartista Antúlio Madureira tem lá um jeito estranho de ser, mas quando pisa num palco tudo parece ficar mais claro e a vida muito melhor.
Com a música no sangue, como se costuma dizer por aqui, Antúlio Madureira mostrou, mais uma vez, no Marco Zero, Bairro do Recife, que seu show não tem idade e é definitivamente para todas as idades.
Lá estavam seus músicos, cada vez melhores; os passistas adultos e uma legião de jovens passistas.
Tudo para homenagear os cem anos do frevo.
E teve ainda a Cobra, aquele bloco que deixa todo mundo embaixo de um pano e que, jura Antúlio Madureira, fornece um ano de felicidade para quem dançar dentro dela. "Tenho cartas e e-mails pra provar o que digo", revelou.
E os casais que se conheceram dentro da Cobra permanecem juntos por muito tempo, prevê.
E o repertório de Antúlio é sempre o mesmo, mas, cantado por ele, sempre se renova, até o conhecido passo da ema, que continua a encantar crianças, adultos e idosos.
Além do mais, o artista é múltiplo, tem voz possante, canta todos os ritmos e seu repertório vai do mais tradicional ao moderno.
Madureira é artista de todos tempos, sem discriminação.
Após o show, um novo espetáculo tomou conta do palco do Marco Zero: o desfile dos blocos, líricos, românticos, do passado, pouco importa.
O que vale dizer é que como o recifense consegue viver o ano inteiro sem ouvir tantos frevos.
E ser obrigado a aguardar o próximo carnaval para satisfazer a vontade.
Mais uma vez, o melhor desfile esteve com o Bloco da Saudade que, este ano, chegou de espanholas e espanhóis, com muitos leques e mantilhas para as senhoras e casquete de toureiro e corpetinho para os homens.