Quem também roubou a cena na casa de Alceu Valença, no sábado de Zé Pereira, foi o ator Marcos Frota.

Ele contava com orgulho o tempo que passou fome no Recife, nos anos 70. “Vocês não sabem, mas já fui assistente de garçom no antigo Maxime, no Pina, por volta de 76 ou 77.

Fui empregado do Lula, que depois abriu a Peixada do Lula”, dizia. “Quem me dava comida eram as meninas de Brasília Teimosa”.

No Recife, naquele tempo, o jovem fez de tudo. “Fui caixa de Bompreço, depois trabalhei como caixa do Banorte, antes de começar a interessar-me por arte e trabalhar no Circo da Raposa Malhada com Ariano Suassuna”, lembrou.

Foi nessa época que ele conheceu Alceu Valença.“Havia um grupo de atores no Americano Batista e eu cheguei a trabalhar com José Pimentel no filme Batalha dos Guararapes.

Elba Ramalho era a heroína feminina.

Com meus olhos claros, eu ganhei o papel de ajudante de ordens de Maurício de Nassau”, relembra, entre uma gargalhada e outra.

Como esse cristão, nascido no Rio de Janeiro, veio perambular por essas paragens? “Eu estava fazendo faculdade de Economia, em São Paulo, mas depois vi que não queria acabar os meus dias assim.

Depois de assistir um show de Milton Nascimento, no Ibirapuera, junto com um amigo, coloquei uma sacola nas costas, viajei para Minas Gerais, desci o Rio São Francisco para fotografar as festas populares.

Fomos de navio entre Pirapora e Petrolina.

Mas aí o dinheiro acabou.

Era São João.

O jeito foi se virar.

Até em corrida de jeque a gente trabalhou, passando por Caruaru até chegar no Recife”. “É por essas e outras que tenho tanta intimidade com a cidade e com Pernambuco.

Aqui em Olinda, conheci os mamulengueiros Fernando Augusto e Nilson de Moura (já falecido).

Com minha primeira mulher, já falecida, eu deixava minhas filhas na casa de Fernando Augusto e saia para beber com Nilson de Moura.

Não voltava mais”.

Sempre que pode ele passa férias em Olinda, onde batizou as três filhas na Igreja de São Pedro Mártir.

Em função dessa reverência com Olinda é que, em 1991, quando criou seu próprio circo, Marcos Frota escolheu a cidade como local para o nascimento.

Vem dessa época uma das histórias que mais orgulham o artista: “Eu estava nas redondezas de Piedade, com o circo instalado.

Estava dormindo no trailler quando entrou um moleque para vender maconha dentro do espaço.

O que mais me impressionou foi o pulo que o cara deu para saltar a cerca.

Fui lá falar com ele.

Ele pensou que eu ia reclamar, mas eu chamei ele para pular na cama elástica.

Ele adorou.

Convidei para entrar no circo, mas ele disse que a mãe não iria deixar.

Chama ela aqui, falei.

Não é que ela topou.

Me disse, leva que eu tô perdendo ele para o tráfico.

O moleque entrou no caminhão e foi conosco para Petrolina, onde armamos a tenda.

Nesse tempo, quem me ligou foi Roberto Medina.

Cara, vem para o Rio de Janeiro que você vai se apresentar no Rock in Rio.

Nem pestanejamos.

Fomos correndo.

Quando estávamos lá, tava havendo uma audiência do Cirque du Soleil.

Milhares se inscreveram na seleção.

Mas só passou o moleque.

Foi para Quebec, no Canadá, e dois anos depois virou solista do circo.

Tive o prazer de assistir uma apresentação, a convite dele, lá no Canadá, no evento de La La nouba (A festa).

Hoje, ele é casado com uma bailarina sueca do própio circo. É um negão lindo e o nome dele é Wellington.

Leia o que o JC já publicou sobre a história de Wellington: https://www2.uol.com.br/JC/_1999/0704/cc0704a.htm Quem também roubou a cena na casa de Alceu Valença, no sábado de Zé Pereira, foi o ator Marcos Frota.

Ele contava com orgulho o tempo que passou fome no Recife, nos anos 70. “Vocês não sabem, mas já fui assistente de garçom no antigo Maxime, no Pina, por volta de 76 ou 77.

Fui empregado do Lula, que depois abriu a Peixada do Lula”, dizia. “Quem me dava comida eram as meninas de Brasília Teimosa”.

No Recife, naquele tempo, o jovem fez de tudo. “Fui caixa de Bompreço, depois trabalhei como caixa do Banorte, antes de começar a interessar-me por arte e trabalhar no Circo da Raposa Malhada com Ariano Suassuna”, lembrou.

Foi nessa época que ele conheceu Alceu Valença.“Havia um grupo de atores no Americano Batista e eu cheguei a trabalhar com José Pimentel no filme Batalha dos Guararapes.

Elba Ramalho era a heroína feminina.

Com meus olhos claros, eu ganhei o papel de ajudante de ordens de Maurício de Nassau”, relembra, entre uma gargalhada e outra.

Como esse cristão, nascido no Rio de Janeiro, veio perambular por essas paragens? “Eu estava fazendo faculdade de Economia, em São Paulo, mas depois vi que não queria acabar os meus dias assim.

Depois de assistir um show de Milton Nascimento, no Ibirapuera, junto com um amigo, coloquei uma sacola nas costas, viajei para Minas Gerais, desci o Rio São Francisco para fotografar as festas populares.

Fomos de navio entre Pirapora e Petrolina.

Mas aí o dinheiro acabou.

Era São João.

O jeito foi se virar.

Até em corrida de jeque a gente trabalhou, passando por Caruaru até chegar no Recife”. “É por essas e outras que tenho tanta intimidade com a cidade e com Pernambuco.

Aqui em Olinda, conheci os mamulengueiros Fernando Augusto e Nilson de Moura (já falecido).

Com minha primeira mulher, já falecida, eu deixava minhas filhas na casa de Fernando Augusto e saia para beber com Nilson de Moura.

Não voltava mais”.

Sempre que pode ele passa férias em Olinda, onde batizou as três filhas na Igreja de São Pedro Mártir.

Em função dessa reverência com Olinda é que, em 1991, quando criou seu próprio circo, Marcos Frota escolheu a cidade como local para o nascimento.

Vem dessa época uma das histórias que mais orgulham o artista: “Eu estava nas redondezas de Piedade, com o circo instalado.

Estava dormindo no trailler quando entrou um moleque para vender maconha dentro do espaço.

O que mais me impressionou foi o pulo que o cara deu para saltar a cerca.

Fui lá falar com ele.

Ele pensou que eu ia reclamar, mas eu chamei ele para pular na cama elástica.

Ele adorou.

Convidei para entrar no circo, mas ele disse que a mãe não iria deixar.

Chama ela aqui, falei.

Não é que ela topou.

Me disse, leva que eu tô perdendo ele para o tráfico.

O moleque entrou no caminhão e foi conosco para Petrolina, onde armamos a tenda.

Nesse tempo, quem me ligou foi Roberto Medina.

Cara, vem para o Rio de Janeiro que você vai se apresentar no Rock in Rio.

Nem pestanejamos.

Fomos correndo.

Quando estávamos lá, tava havendo uma audiência do Cirque du Soleil.

Milhares se inscreveram na seleção.

Mas só passou o moleque.

Foi para Quebec, no Canadá, e dois anos depois virou solista do circo.

Tive o prazer de assistir uma apresentação, a convite dele, lá no Canadá, no evento de La La nouba (A festa).

Hoje, ele é casado com uma bailarina sueca do própio circo. É um negão lindo e o nome dele é Wellington.

Leia o que o JC já publicou sobre a história de Wellington: