Do G1 Com a reforma ministerial encaminhada com os deputados do PMDB e com PDT, as duas peças consideradas mais complexas para a formação do novo governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva finaliza as negociações com os aliados históricos.

PSB e PCdoB serão recebidos na próxima quinta-feira (22) e o PT será o último a ser ouvido, na semana seguinte.

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, afirmou nesta quinta (15) que os comunistas e os socialistas, derrotados na disputa pela presidência da Câmara, vão manter o atual peso no primeiro escalão.

O PCdoB ocupa a pasta de Esportes e o PSB, Integração Nacional e Ciência e Tecnologia. “Está havendo um conjunto de mobilizações políticas porque o presidente pretende encerrar até o dia 28 esse ciclo de negociação.

Essas reuniões com o PSB e com o PCdoB são importantes porque são partidos importantes para a base e com porte de participação no governo.

E eles vão manter esse porte”, disse Tarso.

No entanto, está praticamente certo que o PSB perca a pasta de Integração Nacional, ocupada por Pedro Brito, para o PMDB que vai indicar o deputado neogovernista Geddel Vieira Lima (BA).

Além de ocupar a Integração Nacional, os peemedebistas devem ocupar a Saúde, com o médico sanitarista José Gomes Temporão, apesar de ele não ter apoio dentro da bancada de deputados; e manter Comunicações e Minas e Energia.

O PDT recebeu o convite do presidente, mas respondeu que somente aceitaria um cargo no primeiro escalão se recebesse uma pasta identificado com a “simbologia” do partido.

Para o presidente da legenda, Carlos Lupi, as pastas mais identificadas seriam Previdência, Trabalho, Minas e Energia e Transportes.

O mais provável é que seja oferecido o Ministério da Previdência.

O PP disse ter recebido a garantia do presidente Lula de que será mantido no Ministério das Cidades e espera ser nomeado para a Agricultura.

O nome mais cotado dentro do partido para ocupar a pasta é o deputado Luiz Carlos Heinze (RS), que esteve no Palácio do Planalto na quarta-feira (15).

Correm por fora o presidente da sigla Nélio Dias e Odacir Zonta (SC).

O PT tenta emplacar a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, na Educação no lugar de Fernando Haddad, já que o partido perdeu a batalha pelas Cidades.

Os petistas reúnem-se após o carnaval para fazer a lista de reivindição a Lula e os nomes que o partido avalia como ministeriáveis.

O PT já avisou que deseja ocupar pastas centrais no andamento do Programa de Aceleração do Crescimento e citou a área de infra-estrutura como prioritária.

Mesmo assim, o presidente já mandou um recado aos petistas: “Quem manda sou eu.” initZoom(\mudaFonte);