Por Natália Kozmhinsky Repórter do Blog do JC O recém-empossado deputado, major Alberto Feitosa (PR), disse que aguarda ansioso o resultado de consulta feita pela Diretoria de Recursos Humanos da Polícia Militar à Procuradoria Geral do Estado sobre como ficará a sua situação na PM, após ter assumido mandato como deputado na Assembléia Legislativa.

Ele quer evitar ir para a reserva e com isso deixar de receber promoções.

Pretende virar coronel. “No meu entendimento, o que a constituição diz é que deputado eleito e diplomado é que passa para a reserva remunerada.

No meu caso, eu não sou deputado eleito, sou um segundo suplente”, afirmou o major, que quer passar a condição de agregado da PM.

E com isso, conseguir que o tempo em que estiver como parlamentar seja contabilizado como de serviço. “Vou esperar o resultado, mas se não for favorável vou recorrer.

Mas não acredito nisso.

Em outros estados já houve situação semelhante”, disse Alberto.

A questão salarial ainda também não foi resolvida, mas é provável que o major continue recebendo parte dos seus vencimentos de major.

Para assumir como suplente, o major teve que fazer uma manobra e contou com a colaboração do novo secretário de Agricultura, Ângelo Ferreira (PSB), que demorou mais a assumir no governo para tomar posse do seu mandato na Assembléia Legislativa e deixou o terreno preparado para o seu suplente o major Alberto.

A ajuda de Ângelo vai ser retribuída pelo major, que já assegurou que irá manter alguns das indicações do secretário no seu gabinete. “Vou ficar com alguns dos nomes de Ângelo se ele me pedir e também vou atender alguns prefeitos.

Os cargos comissionados também são para questões políticas”, afirmou.

Para quem não se lembra, o major é aquele da Associação dos Oficiais, Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar de Pernambuco, que bateu de frente com o MST por conta de uma agressão a um oficial e espalhou, inclusive, outdoors pela cidade.

Sobre o episódio, o major disse que se trata “de um fato isolado” e que mesmo nesta eleição contou com o apoio de grupos do sem-terra. “Em Petrolândia (Sertão) membros dos sem-terra, que não são ligados a Jaime Amorim (presidente do MST em Pernambuco) me apoiaram”, lembra.