Na primeira semana da nova legislatura, deram entrada na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara 90 projetos apresentados por deputados que tomaram posse no último dia 1º e por suplentes que assumiram durante o recesso.
Em 2003, primeiro ano da legislatura passada, média semanal foi de 65 projetos.
No entanto, como na legislatura passada, algumas das propostas chegam a ser curiosas e dificilmente devem ser aprovadas pela Câmara.
Há desde projetos que dispõem sobre o porte de arma para políticos, advogados e magistrados (apresentados por Carlos Lapa, do PSB-PE) até os que instituem o "Dia Nacional do Frevo" (Ana Arraes, PSB-PE) e o título de "capital nacional da baleia franca" ao município de Imbituba, em Santa Catarina (Edinho Bez, PMDB-SC).
Vice-líder em número de proposições, Carlos Lapa (PSB-PE) encaminhou seis projetos durante o recesso do Congresso.
Ele ficou um mês no cargo - assumiu em janeiro como suplente de Eduardo Campos (PSB), eleito governador de Pernambuco.
O número atual já é superior à média de 65 projetos por semana apresentados em 2003, primeiro ano da legislatura passada.
Segundo o Centro de Documentação e Informação da Câmara, naquele ano foram apresentadas 3.139 proposições.
O elevado número de projetos apresentados na legislatura passada foi objeto de críticas dos candidatos Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) durante a campanha pela presidência da Casa - eles perderam a disputa para Arlindo Chinaglia (PT-SP). “Há mais de 15 mil proposições em tramitação no Congresso Nacional. É uma distorção achar que vamos cumprir nosso papel aprovando um número recorde de leis.
Temos que ver a qualidade das leis”, afirmou Fruet durante debate.
Para Aldo, é importante debater "a qualidade das matérias discutidas e votadas".
Da atual legislatura, o segundo em números de projetos apresentados é Dr.
Rosinha (PT-PR), com cinco.
Entre as proposições reapresentadas pelo petista, destacam-se os que dispõem “sobre o assédio moral nas relações de trabalho” e “sobre a responsabilidade das empresas pela lavagem dos uniformes usados por seus empregados”.