Da Folha Online A Executiva Nacional do PFL aprovou nesta quinta-feira a mudança de nome do partido –que passará a se chamar PD (Partido Democrata).

A decisão ainda precisa ser referendada em convenção extraordinária do partido, em 28 de março.

Somente a partir dessa data é que o partido trocará oficialmente de nome.

A mudança da sigla é o primeiro passo para a refundação da legenda, que completou 22 anos de criação neste ano.

O segundo passo será a renovação no comando da legenda.

O presidente nacional do partido, Jorge Bornhausen (SC), que deixará o cargo, defende que seu substituto seja um jovem. "Partimos para uma nova etapa de busca de poder.

A maioria da comissão executiva deve ser formada por jovens que possam tocar o partido por mais 20 anos", disse.

Estão cotados para suceder Bornhausen os deputados Rodrigo Maia (RJ), 37, e ACM Neto (BA), 28, mas os nomes não foram discutidos na reunião de hoje.

A decisão sobre o novo comando do PFL será tomada no dia 28 de março.

O novo presidente assume interinamente até dezembro, quando haverá o congresso nacional do partido.

Em março também deve ser criado o conselho político do partido, que irá abrigar dirigentes como Bornhausen, que estão abrindo espaço para os mais jovens.

O objetivo do PFL com a refundação é atrair novos quadros para o partido.

Nas eleições de 2006, foram eleitos 65 deputados e apenas um governador –José Roberto Arruda, do Distrito Federal.

Bornhausen disse que a idéia é buscar novos quadros nos Estados.

O primeiro desafio a ser enfrentado é a eleição municipal de 2008.

O PFL quer ter candidatos em todos os municípios com mais de cem mil habitantes.

A próxima etapa é a disputa presidencial de 2010.

Bornhausen indicou que a intenção do partido é ter vôo solo na disputa pela sucessão do presidente Lula.

O discurso do novo PD será tão enfático nas críticas ao governo como o PFL.

Conforme Bornhausen, quem não quiser assumir a bandeira de "expor as mentiras convenientes do governo" terá que buscar outro partido para se abrigar. "Já adotamos uma posição clara quanto a perder quadros.

Enfrentamos uma lipoaspiração pelo mensalão e, evidentemente, que quem quiser fazer negócios, cargos, emendas liberadas e novos mensalões, a porta está aberta", disse.