Depois de ver os episódios de violência registrados na passagem do bloco Balança Rolha, o prefeito João Paulo e o governador Eduardo Campos estiveram reunidos ontem à tarde, na sede da prefeitura, para tratar do esquema de segurança para o Carnaval, além de outros projetos de infra-estrutura, saneamento e urbanização de áreas da cidade.

Os dois deixaram o local sem falar com a imprensa.

Na manhã de ontem, a única pessoa a dar explicações públicas sobre o lamentável episódio foi o assessor de comunicação da SDS, Joaquim Neto.

Em um governo que o governante havia prometido envolver-se pessoalmente com a questão da segurança, em dezembro último, parece pouco, muito pouco.

O secretário-chefe da Casa Civil, Ricardo Leitão, falando em nome do governo do Estado, justificou a ausência de mais policiais na orla dizendo que a direção do Balança Rolha só entregou o plano de desfile uma semana antes da realização. “Nas virgens, que desfilaram em Olinda, por exemplo, com mais de 200 mil pessoas, não houve registro de violência.

As polícias puderam montar um esquema de segurança adiantado.

A direção do Balança Rolha subestimou a quantidade de participantes.

As agressões começam a partir da exclusão.

O governo também não é a favor desse formato.” Leitão observou que o governador Eduardo Campos chegou a ligar para o secretário de Defesa Social, Romero Meneses, para pedir reforço na segurança. “PMs foram deslocados da operação de fim de semana para a orla.”