Da mesma forma célere com que foi feita a destituição do tenente coronel José Edílson Monteiro, que cuidou da segurança do desfile do bloco Balança Rolha e foi afastado agora há pouco, depois de conceder entrevista ao JC em que questionava a versão oficial para a falta de policiais no desfile, o presidente da Associação dos Oficiais, Subtenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiro Militar de Pernambuco, Vladimir Assis, divulgou nota oficial protestando contra a exoneração do coronel.

Veja a íntegra do documento: “A Associação dos Oficiais, Subtenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiro Militar de Pernambuco – AOSS vem de público se solidarizar e desagravar nosso associado, o Tenente Coronel José Edílson Monteiro, oficial probo, inteligente e leal, que ocupou durante sua carreira na PMPE, desde sua inclusão em 01/03/1979, importantes cargos como Instrutor de legislação, visto que é bacharel em Direto, chefe de ensino jurídico, instrutor e fomentador dos Direitos Humanos na corporação, possuindo o curso internacional de direitos humanos e humanitários pela Cruz Vermelha Internacional, diretor da penitenciária de segurança máxima Barreto Campelo, autor do livro Introdução ao Estudo do Direito, bastante difundido e utilizado na Academia de Polícia, comandante do 20º batalhão em São Lourenço da Mata, além de ter trabalhado em vários municípios do estado, defendendo a sociedade e lutando por uma polícia mais humana e digna.

Oficial deste quilate honra a corporação e nos deixa envaidecidos de tê-lo como sócio da nossa entidade.

Destarte, tendo em vista a forma e a celeridade com que foi afastado do comando do 19º batalhão em Boa Viagem, por conta dos incidentes ocorridos durante a saída do bloco “Balança Rolha”, no último domingo dia 04/02, apresentamos nosso DESAGRAVO e, invocamos o respeito e a consideração que se deve a qualquer servidor, primando pela ética de ao menos informar decisões e discutir formas de como melhorar os serviços oferecidos à população.

Por fim, colocamos que a polícia não pode ser vista como uma panacéia e que não se pode combater o câncer apenas com Ácido Acetil Salicílico (AAS), é preciso um esforço maior de todos os atores sociais, mas sempre utilizando a principal ferramenta da democracia: O diálogo.

Vlademir Assis - Presidente da AOSS”.