Do G1 Loteados os cargos da Mesa Diretora da Câmara entre três grandes blocos formados de última hora, os partidos dedicam-se agora à divisão das 20 comissões permanentes.

Pelos acertos iniciais, caberá ao PMDB a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), mais cobiçada, por onde passam todos os projetos de lei, independente do tema.

O PTserá o segundo partido a escolher uma comissão e deverá optar pela de Finanças e Tributação.

O PSDB, beneficiado na eleição da Mesa Diretora por uma negociação com o PT que deu aos tucanos a primeira vice-presidência, tinha firmado inicialmente um acordo para ficar com a terceira escolha de comissão.

No entanto, como os planos mudaram durante a campanha para presidência da Câmara, com o lançamento do candidato tucano Gustavo Fruet (PR), o cumprimento desta parte do compromisso será negociado novamente.

Mas os tucanos ainda têm a expectativa de obter a comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática ou de Minas e Energia, esta última cobiçada também pelo PP, integrante do super bloco governista formado pelo PT, PMDB e mais seis legendas.

O interesse nas comissões se explica por vários motivos: a projeção do presidente, a prerrogativa de convidar e até convocar ministros, a análise dos projetos apresentados no Legislativo e o direito de contratar funcionários comissionados.

Agricultura, Trabalho, Seguridade Social e Educação são outras comissões disputadas pelos parlamentares.

Na divisão entre os partidos, o PFL saiu perdendo.

Terá duas comissões de menor destaque, porque ficou para trás na ordem das escolhas.

Onze comissões caberão ao super bloco governista, seis caberão ao bloco PSDB-PFL-PPS e três ficarão com o bloco formado por PSB, PDT, PC do B e outros partidos menores.

Com a divisão sacramentada, os dois blocos maiores deverão se dissolver em pouco tempo.