Sem alarde, na última terça-feira, o Comandante Geral da Polícia Militar, o coronel Iturbison Agostinho dos Santos, enviou circular a seis unidade da corporacão determinado o fim dos convênios conhecidos como Pluriemprego (também chamado de Policiamento Ostensivo Geral Voluntário) com as instituições privadas.

Com esse programa, criado no governo Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho, os policiais militares vende sua hora de folga para suprir a falta de efetivo policial do Estado.

Como a gestão passada não abriu concurso publico suficiente e o povo estava clamando por segurança e não tinha PM para ser escalado, o programa foi criado.

Como o Estado não tinha verba para manter o programa, abriu-se a oportunidade das empresas privadas pagarem pelos serviços.

No caso, a medida vai atingir pricipalmente os shopping center do Estado.

Não há certeza se a medida também atinge o “Clube de Diretores Lojista”, que também mantém convênio neste sentido para manter a segurança no centro do Recife. É o caso daqueles PMs que trabalham com coletes de plástico verde e branco.

Eles estão de folga e aí vendem suas horas de lazer, sacrificando o convívio com sua família, para completar o emprego.

Segundo a circular, a medida está baseada em um parecer da Procuradoria Geral do Estado, para quem não pode haver “convênio”, com instituição privada.

Ficaram de fora da iniciativa apenas os convênios com as prefeituras, que são conhecidas carinhosamente pelos policiais como “papa defunto”, por prestarem serviço no Cemitério de Santo Amaro.

Os convênios com a União, como UFPE, UFRPE, METRÔ e o próprio Estado, como a Secretaria de Educação, serão mantidos sem problemas.

A medida deve gerar um chiadeira grande na corporacão.

Já não tinha vaga para todo mundo e agora com o corte é que não vai ter mais.

Dos 17 mil homens, pelo menos uns 5 mil recebiam essa complementação salarial.

Os coronéis que cuidam de batalhões também vão perder, pois recebem adicional com o convênio.

Por isso, os batalhões instalados próximos aos estabelecimento comerciais são disputados na corporação.

Muitos PMs que trabalham em shopping dependem do serviço porque já faz parte do seu orçamento o salário extra de R$ 322,00 lá.

Já aqueles policiais postados em frente aos bingos da cidade são ilegais, mais mesmo assim são tolerados.

Para alguns policiais, a medida é inapropriada, pois o governo não pode manter tudo com seus próprios recursos, tendo inclusive criou as “parcerias publico privadas”, de forma de dividir com a iniciativa privada os ônus das despesas para chegar a um bem comum.