O novo editor do Suplemento Cultural do Estado, o escritor Raimundo Carrero, vai aproveitar o Pernambuco, novo nome da publicação, para valorizar a produção dos escritores locais, principalmente àqueles que são adotados nos exames vestibulares do Estado, unindo arte e educação.
O novo produto será lançado oficialmente, na próxima quarta-feira, com uma festa no beco da Cultura, entre a livraria de mesmo nome e o Paço Alfândega.
Também vai estar no site da Cepe.
Veja um resumo da entrevista concedida nesta quinta-feira, com a presença do Blog do JC: Mais espaço para os escritores locaisHaverá um caderno especial, o Saber +, que vai abrir espaço para matérias com os autores locais, especialmente com os nomes que são adotados nos exames dos vestibulares.
Ele vai ser distribuídos nas escolas do Estado, levando mais a cultura local para os alunos da rede pública.
Vamos ter Osman Lins, Joaquim Cardoso e outros.
Obviamente, o meu próprio nome está excluído das pautas.
Ficaria esquisito.
Esse produto está a cargo da jornalista Marilena Mendes.
Nas escolasvamos para as escolas, para o interior, conversar com os alunos e com os escritores do lado, com uma parceria com os Deres.
Podem dizer que é até algo amador, mas prefiro o amadorismo bem feito ao profissionalismo incompetente.
Para chegar aos alunos, vamos elevar a tiragem (hoje é algo em torno dos 4,5 mil e pode subir aos 30 ou 40 mil).
Quero o suplemento visto, lido e disputado pelos estudantes.
Sem jornalismo oficialNão vai ter chapa-branca.
Vai ser subversivo.
Vai ganhar sua própria dimensão. “O legal do novo formato é que, depois de 10 anos trabalhando em jornal, posso experimentar algo diferente, sem as amarras do padrão de jornal.
O desafio é grande, com a concorrência que se tem hoje na Internet e no mercado editorial, mas é possível sim fugir um pouco do que se lê todos os dias”, completa o editor-executivo, Schineider Carpeggiani.
Concorrência com a Revista MulticulturalNão há chance. É uma proposta diferente.
Vamos fazer uma coisa mais próxima do Jornal da Tarde (que inclusive tem o mesmo formado gráfico).
Não vamos nos repetir.
Nova diagramaçãoA diagramação era muito conservadora.
Pedi e consegui uma coisa inovadora e totalmente diferente.
Acho que o primeiro desafio de qualquer jornal é seduzir pelo olhar, algo que dê vontade de pegar e carregar, provocar o leitor.
Tivemos umas briguinhas, mas não chegou a sair sangue. “É paraíso para qualquer ilustrador”, alegra-se Jaíne Cintra, sã e salva, numa referência aos grandes espaços em branco que valorizam a arte gráfica.