O publicitário Yoran Júnior, um dos sócios da agência de Publicidade O&M e da boate Over Point, que promove a vinda do DJ Fat Boy Slim ao Recife, nesta semana, deu entrevista ao Blog do JC sobre a polêmica colaboração financeira da PCR no evento, com gastos de R$ 600 mil, referentes à compra de uma cota de patrocínio master do evento.
Custo totalO evento tem um custo superior a R$ 1 milhão, algo como R$ 1,090 milhão, e somente graças ao apoio da prefeitura será aberto ao público.
De outra forma, o público não poderia ver de graça.
Esses recursos entraram para complementar.
Portanto, as prefeituras entrarem com apoio é a coisa mais normal do mundo.
Sem isso, não aconteceria.
Sem lucroEstamos fazendo com amor.
Não se ganha dinheiro com isso.
Não dá lucro.
Se der, é pouco.
Não justifica o risco.
Ninguém quer ficar rico com um show.
Vamos pagar todo mundo e não dever a ninguém.
Estamos tendo muitos custos de última hora.
Não tem privatização da praçaA praça vai ter uma área VIP.
As pessoas que vão para esse espaço estão comprando uma cota individual de patrocínio.
Se a PCR bancasse tudo, não teria necessidade de área VIP.
No Skol Bits, por exemplo, tem patrocínio, tem incentivo público em São Paulo, mas não tem nada de graça.
Só entra quem pode pagar. aqui, a área VIP vai ocupar apenas 10% da área.
Quatro patrocinadoresSão quatro patrocinadores.
Vamos ter 4 mil pessoas na área VIP.
Não sei a divisão exata que eles terão na área VIP.
O importante é o público, é o povo vendo o show de graça.
Apoio ao turismoSe não fizer eventos como esse, Recife está condenado ao ostracismo.
Tudo vai para Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.
Vamos continuar tendo menos leitos de hotel do que Porto Seguro e Troncoso.
Quem não aprova o evento não quer ver o Recife crescer.
Quer ver afundá-lo.
Hoje, as empresas de São Paulo não querem trazer grandes shows para cá.
Esse evento ajuda a resgatar a imagem da cidade.
Novo paradigmaCom esse evento, vamos quebrar um paradigma.
Não vão mais dizer que Recife é uma cidade de merda para shows.
Temos que abrir para o povo ver o que acontece lá fora.
Vejam o exemplo do Tiesto lá em Porto de Galinhas.
Os produtores, o pessoal da NOX, teve um prejuízo de R$ 6 mil.
No Recife, o último grande show que tivemos foi na década de 80, com Rike Wakeman.
O papel da SkolÉ uma estratégia de marca dela, usar as placas na cidade para dizer que está trazendo.
Mas é só como companhia de bebidas.
Como comprou a cota master, só a PCR faz na TV a apresentação do show.
Sonho que se realizaNa Europa, as pessoas brigam pelas ruínas para fazerem festas.
Aqui, reclama-se com a festa.
Podem dizer que sou romântico, mas vou realizar um sonho de dois anos.