O prefeito em exercício do Recife, Luciano Siqueira (PC do B), disse ao Blog do JC que evitou falar sobre a eleição da presidência da Câmara dos Deputados com o presidente Lula, para não constrangê-lo, mas frisou que tem opinião formada sobre a ferrenha disputa, que envolve três candidatos, entre eles o correligionário Aldo Rebelo (PC do B/MG) e Arlindo Chinaglia (PT/SP). “Qualquer que seja o resultado, o relacionamento entre os partidos da base aliada vai se alterar.

Havia o entendimento de que o Aldo Rebelo deveria ser reconduzido e isso não foi respeitado”, comentou, sem nenhum tom de ameaça, mas apenas constatação. “O PT decidiu que deveria ter candidato próprio, mas decidiu isso unilateralmente”, observou, em tom algo crítico, sendo ele correligionário do atual presidente da Câmara.

Como entender, então, a traição do PT ao atropelar o aliado de primeira hora Aldo Rebelo? “O PT quer se apresentar forte para o presidente Lula, que ameaçou ceder espaço para outros partidos com a reforma ministerial.

Então, eles aproveitaram a eleição da presidência para mostrar força política, mesmo à revelia do presidente.

O que não contaram foi o seguinte: eles esperavam contar com a compreensão de sempre do PC do B, mas o Aldo manteve sua candidatura”, explicou.

Agora o camarada Siqueira não tem stress.

Na avaliação do comunista, o petista Arlindo Chinaglia irá vencer com uma pequena margem no primeiro turno da eleição, mas depois Aldo levaria, no segundo turno. “O páreo está duro, mas vamos vencer”, avaliou.