Ainda esta semana, a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) vai pedir ao governador Eduardo Campos, em reunião no Palácio do Governo, a volta do programa Chapeú de Palha, lançado nas gestões do ex-governador Miguel Arraes.

O objetivo é pedir a ajuda do governo do Estado para subvencionar a adoção de práticas agr?colas mais modernas, de modo a permitir a elevação da produtividade em até 20%.

Segundo a entidade, atualmente, mais de 95% da classe pratica a atividade canavieira na escala de agricultura familiar, explorando a cultura em módulos fundiários inferiores a 20 hectares.

Assim, eles não estariam conseguindo recompor-se para alcançar patamares de produtividade competitivos, sem o concurso do poder público. "Sendo assim, no sentido de ampliar o efeito multiplicador da iniciativa em seus aspectos econômicos e sociais, é que sugerimos adatar à realidade atual experiências anteriores bem sucedidas, a exemplo do programa Chapéu de Palha, permitindo dentre outras providências pass?veis de adoção, o apoio governamental para restaurar o rendimento agr?cola, hoje abaixo de 50 toneladas por hectares para um novo patamar que poderia, com irrigação complementar de salvação, ser elevado para a média de 65 a 70 toneladas de cana por hectare", defende o setor.

No novo programa, o Estado participaria com a distribuição de insumos e variedades de mudas geneticamente mais apropriadas para a região, visando ampliar a produtividade e obter melhor remuneração.

O pleito prevê a renovação anual durante quatro safras de 25% do contingente de fornecedores.

O tempo de um mandato, por sinal.

Os fornecedores afirmam que, isoladamente, os pequenos e médios produtores não teriam capacidade financeira de dar in?cio ao processo de recomposição econômica do setor.

Os custos da iniciativa não são conhecidos.

Quem sabe na conversa pessoal com o governador.