Pesquisa conjuntural realizada, em dezembro, pela Fecomércio revela que o comércio varejista da Região Metropolitana do Recife fechou o ano de 2006 com crescimento de 5,7% no faturamento.
O aumento ainda foi confirmado na massa salarial, mais de 4%, e no n?vel de emprego, cerca de 2,4%.
O estudo comprovou a retomada do crescimento do comércio a partir de 2004.
Entretanto, ao contrário dos anos anteriores onde a venda de automóveis teve destaque, a pesquisa mostra o setor de materiais de construção, 8,11% na liderança entre os cinco segmentos analisados.
Quando analisados sob a ótica de 14 ramos, o setor de Informática fica em primeiro lugar com um aumento de 22,68%. "Em ambos os casos, a explicação para os bons resultados deve ser buscado nas pol?ticas de incentivo aos dois ramos, por parte do governo federal, diminuindo a carga fiscal e gerando est?mulos à produção e ao consumo", destaca Josias Albuquerque, presidente da Fecomércio.
Mesmo com o bom desempenho geral do comércio, cinco dos 14 ramos pesquisados mostraram resultados negativos.
São eles: vestuário, autopeças e acessórios, farmácias e perfumarias, cine-foto-som e óticas e livrarias e papelarias.
Com exceção do setor de vestuário, que lidou com vendas fracas dezembro passado, os demais enfrentaram dificuldades que vão desde a concorrência das grandes redes de varejo até alterações no sistema de comercialização.
De acordo com a Fecomércio/PE, o mau resultado verificado nesses cinco setores não impediriam o bom desempenho geral do comércio. "Iniciamos 2007 com perspectivas de que o ano continue o ciclo de crescimento obtido em 2004", conclui Luiz Kehrle, consultor da pesquisa.
De acordo com a Fecomércio, mesmo com o Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal, ainda existem dúvidas quanto ao crescimento da economia de 2007 alcançar 4,5%.
No entanto, há um consenso de que a taxa de crescimento do PIB suplantará os cerca de 3% de 2006. É provável que pressões decorrentes de ajustes nos preços da telefonia, alimentos e mesmo do aumento da demanda, via diminuição dos juros, levem a uma inflação esse ano ligeiramente maior que os cerca de 3% registrados pelos ?ndices de preços ao consumidor.
Entretanto, "esse não deverá ser um elemento que impeça a continuidade da queda dos juros, visto que mesmo com pequeno aumento a inflação de 2007 ficará dentro da meta de 4,5%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional de 2007", analisa Josias Albuquerque.
Com o crescimento da economia e inflação em torno de 4% e a continuidade, embora atenuada, da queda d da taxa de juros deve-se esperar um aumento das vendas do comércio em n?veis iguais aos de 2006.