Da Folha Online O debate de hoje entre os deputados Aldo Rebelo (PC do B-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) ampliou o desgate na base aliada do governo.

Aldo e Chinaglia são da base governista, mas se enfrentarão na eleição de quinta-feira.

No debate de hoje, promovido pelo TV Câmara, Aldo afirmou que não "julga prudente nem equilibrado a concentração de poder" nas mãos de um só partido. "Não creio que se deva dar mais força a um único partido.

Não julgo prudente para o próprio PT a concentração de poder", disse.

A declaração de Aldo foi prontamente criticada por integrantes do PT.

O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP), disse que a atitude de Aldo foi "inadequada e deselegante" com o partido aliado. "Não foi um gesto elegante.

Elegância é bom para consolidar lideranças.

Ele tentou criar um ambiente de rejeição ao PT que não existe", disse o presidente do partido.

O l?der do partido na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), endossou as cr?ticas de Berzoini a Aldo.

Segundo o l?der, o atual presidente da Casa agiu de maneira infeliz . "A bancada considera um erro colocar algo que não condiz com a ação do PT, criticou Fontana.

Para o deputado Carlito Merss (PT-SC), as palavras de Aldo foram injustas com a história do partido e do próprio candidato –que já ocupou o então Ministério de Articulação Pol?tica no primeiro mandato de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva."Esse é o discurso do PFL.

Acho que ele não precisa do argumento no debate com o Chinaglia", afirmou Merss.

A bancada do PT na Câmara se reuniu nesta tarde para traçar estratégias à campanha de Chinaglia na reta final da disputa.

Fontana disse que a bancada está "absolutamente unida" em torno do petista sem dissidências dentro do partido.

Durante a reunião, o presidente do PT fez um apelo para que todos da bancada atuem como "cabo eleitorais" de Chinaglia até a próxima quinta-feira –quando será realizada a eleição para a presidência da Câmara. "Vamos trabalhar para ganhar as eleições, no primeiro ou no segundo turno, de acordo com as circunstâncias", disse.

Fontana disse que a bancada evitou fazer previsões numéricas sobre os votos que Chinaglia deve receber dos parlamentares. "Isso é sempre muito arriscado.

Temos visão que a candidatura está consolidada e tem um certo favoritismo", afirmou Fontana.