Da revista Consultor Jur?dico A Justiça paulista deve decidir nas próximas semanas um pedido de falência contra a segunda maior concessionária de celulares do pa?s: a TIM.

O pedido tem origem na quebra de um bloco de empresas que, segundo os prejudicados, integrava o grupo Telecom Itália, controladora da TIM.

As empresas falidas tinham à sua frente a Tecnosistemi e a Eudosia, encarregadas da instalação de antenas utilizadas hoje pela operadora.

Com a interrupção súbita dos pagamentos, as empresas-satélites deixaram de cumprir contratos com fornecedores e empregados, que moveram centenas de processos na justiça, reclamando o v?nculo empresarial com a multinacional italiana.

Segundo consta dos autos, a tática para maximizar lucros teria sido a de usar os serviços de empresas dirigidas por seu próprio pessoal (para que o faturamento ficasse "em casa") e, terminada a tarefa, desmobilizá-las.

A TIM já negou as acusações e repele qualquer v?nculo societário com as empresas.

Os advogados dos reclamantes citam exemplos de situações semelhantes verificadas em diversos pa?ses onde a multinacional italiana tem negócios.

A Telecom já foi citada.

O processo corre na 42ª Vara C?vel Central de São Paulo.

O pedido, feito pelo s?ndico da massa falida, está sob os cuidados da ju?za Adriana Borges de Carvalho.

A TIM informou que não vai se pronunciar sobre o processo.

Candelabro brasileiro O percalço em torno da operadora acontece no momento em que a empresa enfrenta pressões na Itália.

Em escândalo continuado, os dirigentes da Telecom Itália respondem por uma série de ações ilegais em esquema que tem a cabeça na Itália e os pés no Brasil.

Um ex-agente do serviço secreto italiano, Marco Bernardini, para obter os benef?cios da delação premiada vem fazendo revelações que levaram ao córner os comandantes do grupo e à cadeia pelo menos quatro altos executivos do conglomerado.

Os principais acionistas e executivos do grupo acusam-se mutuamente pelos desmandos e atos ilegais que a justiça italiana investiga.

Entre as revelações atordoantes do ex-agente — que passou a fazer carreira solo com uma empresa de investigação privada —, está a de que brasileiros foram contratados para serviços clandestinos no pa?s.

Entre eles, estariam o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Mauro Marcelo; o advogado Marcelo Ellias e seu sócio Lu?s Roberto Demarco.

O agente afirmou também que a Embratel foi utilizada para interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas para o grupo.

O assunto perdeu força no Brasil, mas na matriz da concessionária lances cinematográficos se sucedem na m?dia: chantagens, um suic?dio mal explicado, uso de uma mulher bel?ssima para seduzir o editor do mais conhecido jornal italiano e um extenso cardápio de manobras sórdidas como atalhos para o lucro fácil.

O item mais recorrente são as operações de espionagem e contra-espionagem nas disputas empresariais.

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