Na próxima terça-feira, uma semana após a visita da comitiva da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma) e da nova Administração de Fernando de Noronha à ilha, o governo do Estado traça uma ação emergencial articulada entre vários órgãos para tratar da problemática da falta de água no arquipélago, coordenada pela Secretaria.

Uma equipe de três técnicos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) segue para Noronha a fim de orientar os trabalhos de desobstrução dos canais de acesso das águas das chuvas ao açude do Xaréu, que está seco.

Também embarcam para a ilha uma patrulha da Secretaria de Transportes, com tratores e equipamentos que darão in?cio às obras.

Além disso, participarão da ação técnicos da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos H?dricos (CPRH) e a Diretoria de Infra-Estrutura e Articulação da ilha.

O objetivo é também a retirada de sedimentos do açude, que serão aproveitados para a construção de novas casas em Fernando de Noronha.

Com o açude do Xaréu seco, o abastecimento de água doce à população da ilha é feito pelo processo de dessalinização da água do mar, coordenado pela Compesa. "Esse abastecimento tem uma vulnerabilidade muito grande.

Se houver qualquer problema mecânico no equipamento, toda a ilha poderá ficar sem água", explicou Ricardo Braga, secretário executivo de Meio Ambiente.

Um estudo apresentado pela UFRPE sugere também a canalização das águas de outras duas bacias hidrográficas lozalizadas em Noronha - a Bacia da Boa Vista e a Bacia do Leão – para o abastecimento do açude. "Estamos cumprindo um papel de governo, que é integrar os órgãos numa ação articulada e de resultados", destaca Ricardo Braga.