Do G1 Derrotados nas urnas das eleições para governador, representantes das oligarquias regionais do Norte e Nordeste enfrentam dificuldades para formar uma oposição consistente em seus estados e podem sofrer nova derrota na disputa pela presidência das assembléias legislativas.
Na Bahia, onde o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) dava as cartas na pol?tica desde a ditadura militar, o governador Paulo Souto, seu seguidor pol?tico, foi derrotado ainda no primeiro turno por Jaques Wagner, do PT.
Num dos seus primeiros discursos após as eleições de outubro, o senador disse que o resultado não significava o fim do “carlismo???.
Com a maior bancada estadual (16 deputados, contra dez do PT), tudo indicava que o PFL faria forte oposição a Wagner.
Mas não é o que vem se desenhando, a julgar pela posição do partido na disputa pelo Legislativo, para a qual sequer lançou candidato. “A princ?pio, o PFL não deve apresentar candidato.
Formamos um bloco com PL, PP e PRTB.
A tendência é que um nome saia de um desses três partidos.
Consideramos que isso facilitaria o apoio de deputados da base.
Em função da radicalização que existe aqui, o apoio ao PFL é mais dif?cil???, diz o pefelista Paulo Azi, um dos l?deres da futura bancada de oposição.
A tendência é que a bancada carlista apóie o deputado Jurandy Oliveira, do PRTB.
Paulo Azi acusa um suposto acordo nacional entre PT e o PSDB para apoiar a candidatura do petista Arlindo Chinaglia à Câmara dos Deputados como uma das causas da dificuldade do PFL em formar maioria na Assembléia baiana.
O acordo teria como contrapartida o apoio à candidatura do tucano Marcelo Nilo no estado. “Efetivamente houve um acordo com o governador (Jaques Wagner), isso é público aqui.
O resultado das urnas nos dava 33 deputados e 30 à base governista.
Ele (Wagner) cooptou quatro deputados, o que dá praticamente um empate???, diz.
O governador Jaques Wagner nega a existência do acordo.
Mesmo aparentemente afastado da disputa no Legislativo, Azi nega que ACM tenha perdido poder pol?tico no estado. “ACM e Paulo Souto ainda gozam de prest?gio e respeito da população.
Esta eleição não significa que este grupo foi alijado da pol?tica???.