O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello, disse hoje que faltou uma medida no sentido de desvalorizar o real nas medidas do Pacote de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciadas hoje pelo presidente Lula, apesar de elas abrirem boas perspectivas para o setor de máquinas e equipamentos, segundo avaliação do presidente da entidade. “Essa situação cambial vai continuar muito desfavorável para o investimento produtivo no Pa?s.
O resultado é que o produto brasileiro acaba ficando com custo mais elevado que o similar importado, que entra no Pa?s, substituindo o nacional", reclama. "Por outro lado, grandes investimentos em fábricas acabam sendo direcionados para pa?ses como ??ndia, China e México.
Como o Brasil tem uma fort?ssima exportação de commodities, autonomia em petróleo, a tendência é de baixa cotação do dólar.
Isso é muito perigoso para a sobrevivência da indústria nacional, que é grande empregadora, e contribui com produtos de mais valor agregado para a balança comercial???, explica.
Além disso, Newton de Mello deixa uma pergunta: Por que até hoje a medida que permite ao exportador deixar no exterior 30% das divisas geradas por suas exportações, anunciada por Mantega no primeiro semestre, ainda não foi regulamentada, portanto não pode ser colocada em prática? É uma pena, pois isso ajudaria a elevar o patamar do câmbio, conclui o presidente da Abimaq.
Os elogios “O aumento dos investimentos em infra-estrutura eleva a demanda direta por bens de capital, assim como esses investimentos contribuem para aumentar a competitividade da máquina exportada, seja pela redução de custos em portos e melhoria das rodovias entre outros aspectos???, afirma.
O est?mulo ao crédito e financiamento, ainda que centrado nos setores de saneamento, infra-estrutura e habitação, repercutem no setor representado da Abimaq.
Também foi elogiada pelo presidente da associação a desburocratização de licenças ambientais e das licitações (Lei 8666) e a desoneração tributária, com a ampliação dos prazos de recolhimento do PIS/Cofins do dia 15 para o dia 20, e do INSS do dia 2 para o dia 10. “Tudo isso faz com que as empresas tenham um pouco mais de caixa, diminuindo sua necessidade de capital de giro, e com isso tendem a investir mais???, diz.