Maior barraco no show de Marisa Monte, no último sábado, no Centro de Convenções.

Só soubemos agora, mas vamos dar todos os detalhes: Leitora atenta do Blog do JC nos revela que tentar se divertir na noite do Recife é uma empreitada perigosa.

E não só porque a violência anda às soltas nas ruas.

Mesmo quando se está em um ambiente privado, supostamente protegido por uma segurança também privada, a sua vida corre riscos.

CAP??TULO 1: Aconteceu no último sábado (20), com cerca de 15 pessoas que quase heroicamente tentavam chegar ao Chevrolet Hall para assistir ao show de Marisa Monte.

Todas devidamente com ingresso na mão, queriam simplesmente fazer valer o seu direito de consumidoras, tendo acesso ao produto pelo qual haviam desembolsado R$ 80.

Já bastante atrasadas por causa do congestionamento quilométrico provocado pela ineficiência no estacionamento do Centro de Convenções (apenas um guichê de entrada estava funcionando) e sem nenhuma informação sobre o caminho de acesso à casa de show, os fãs se dirigiam a pé pelo trajeto que julgaram ser o mais adequado e curto para finalmente chegarem ao seu destino.

Foram surpreendidos por um segurança que já aos berros tentava impedir a passagem das pessoas, sem que nenhuma placa de sinalização indicasse o motivo.

Como sua ordem não foi atendida, não teve dúvidas.

Sacou o revólver e disparou.

Silêncio entre as pessoas que em nenhum momento desrespeitaram o cidadão que se apresentava como segurança.

Felizmente, havia atirado para o alto, pelo menos o primeiro tiro.

O alvo do segundo certamente teria sido aquele que ousasse dizer que não entendeu o recado. "Estou falando grego?

Quem vai?", indagou, arma ainda em punho, o tal segurança.

Atônitas e revoltadas, mas ajuizadas, as pessoas procuraram outra forma de chegar ao show, que já havia começado há pelo menos 40 minutos.