O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, disse que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é um marco importante no est?mulo aos investimentos no Brasil. "O pacote contempla tudo aquilo que o setor privado vem cobrando ao longo do tempo, ou seja, est?mulo ao investimento, apoio para quem quer investir, marcos regulatórios, melhorias nas condições de financiamentos e desoneração tributária", afirmou Monteiro Neto, que participou da cerimônia de anúncio do PAC na manhã de hoje no Palácio do Planalto.

Ele lembou, no entanto, que a economia brasileira só aumentará o ritmo de crescimento com a adoção de medidas complementares. "É poss?vel acelerar o crescimento, no entanto, a sustentabilidade desse processo vai depender de uma série de medidas que terão que vir a seu tempo, inclusive na perspectiva das reformas estruturais", reforçou.

Monteiro Neto destacou que a indústria esperava medidas de maior alcance na área fiscal e na desoneração dos investimentos.

Entre as medidas de desoneração previstas no PAC está a possibilidade de recuperação de créditos do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) em um prazo de 24 meses.

Até então, o prazo era de até 25 anos.

O pacote prevê também a suspensão de cobrança do PIS e da Confins para novos projetos na área de infra-estrutura, aumento do prazo de recolhimento dos tributos para o dia 10 de cada mês, entre outros. "Precisamos agora acompanhar como o programa será gerido ao longo do tempo, e qual será exatamente o alcance que essas medidas terão", disse Monteiro Neto.

Para o presidente da CNI, a questão da infra-estrutura de transportes é o grande desafio que o governo tem pela frente, principalmente com a mobilização de recursos e da participação do setor privado. "Os investimentos ocorrem num ambiente empresarial quando há perspectiva de crescimento.

Portanto, qualquer parceria que aponte para aceleração do crescimento contará com a simpatia e a participação do setor privado. "Com relação ao crescimento econômico projetado pelo PAC para 2007, Monteiro Neto disse que, mesmo com essas medidas, será dif?cil alcançar a meta de 4,5%. "Mas é poss?vel que a partir de 2008 tenhamos um desempenho próximo dos 4% ou 4,5%",concluiu.