Um dos esportes preferidos dos auditores do TCE é criticar o nepotismo da cúpula do órgão.
No entanto, a prática está mais entranhada do que se imagina.
Quando assumem cargos, não fazem diferente.
Agora mesmo, o secretário de Administração, Paulo Câmara, acaba de contratar, com o dinheiro público, para trabalhar no seu gabinete a técnica Analúcia Mota Viana Cabral.
Vem a ser esposa do secretário de Educação, Danilo Cabral, responsável pela indicação de Paulo Câmara.
Não vou cair na tentação de chamar esse governo de familiar, embora já existem vários exemplos nesta direção.
Tenho apenas uma explicação para o que ocorre.
Recebi um e-mail de um funcionário explicando que os técnicos de lá têm poucas chances de ocupar cargos comissionados no próprio TCE, já que 99% deles são ocupados por parentes dos conselheiros. “Da? a enorme dificuldade enfrentada pelo presidente Romeu da Fonte e pelos seus colegas, que não conseguem afastar os seus protegidos???.
Como acabar a anomalia na administração pública?
A propósito, o próprio Romeu da Fonte, o advogado defensor de trabalhadores, declarou que era necessária uma lei para deflagar o combate ao nepotismo.
Na AL, a lei não anda.
O Ministério Público do Estado ensaiou uma cobrança, pediu ao TJPE que se posiciona-se e, até agora o novo procurador-geral não demonstra até aqui a menor vontade de cobrar nada neste sentido.