O deputado federal Raul Jungmann apresenta amanhã, na AL, uma defesa pública contra a denúncia de desvio de dinheiro de publicidade do Incra, quando era ministro da Reforma Agrária.

Em entrevista agora de tarde ao Blog do JC, ele antecipa alguns pontos sobre os quais falará amanhã.

Relação com agências de publicidadeNão tem crime algum.

Por isso não tem pedido de quebra de sigilo ou coisa assim.

A comparação da denúncia do MPF com o relatório que foi feito pelo Incra já no governo Lula mostra que eu tenho razão.

O suposto desvio não é de dinheiro, mas sim uma irregularidade administrativa.

O que se questiona é se uma funcionária poderia ter deixado de ter um cargo comissionado no governo e depois ter sido sub-contratada pela empresa de publicidade para fazer a divulgação do ministério.

A jornalista Flávia Torreão ganhava um DAS de R$ 3 mil, o trabalho cresceu muito, com muitas invasões do MST e a gente teve que criar quase uma redação.

Ela então afastou-se e foi trabalhar na RRN, com um salário de R$ 6 mil.

Não tem crime nenhum nisto.

Nenhuma agência de publicidade faz os serviços diretamente.

No caso, a Casablanca e depois a outra empresa fez a subcontratação de terceiros (como a jornalista que lhe assessorava no ministério).

A outra acusação é que eu concentrei propaganda do ministério em Pernambuco.

Nem deputado eu era ainda.

Operação MandacaruNo relatório do MPF, eles dizem até que houve desvio de recursos porque pagamos o uso de helicópteros na operação Mandacaru.

A maconha estava entrando nos assentamentos rurais.

Minha sorte é que o relatório do Incra já no governo Lula justifica que não houve desvio algum.

Cartilha polêmicaImplicaram até com uma cartilha que fizemos com o Dom Helder sobre a reforma agrária, concluindo por desvio. É demais.

Sem dinheiro na contaNão tem desvio de dinheiro de publicidade algum.

Foram feitas propagandas na Globo, na Veja, falando do Pronaf, dos números da reforma agrária.

Só há problema de fato em relação a um problema.

O Incra pagou a mais R$ 562 mil por erro em uma fatura, mas o dinheiro está sendo cobrado de volta há muito tempo.