Os ex-governadores Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Mendonça Filho (PFL) resolveram se antecipar à reunião marcada para amanhã pelo governador Eduardo Campos (PSB) para divulgar os números do cofre do Estado.

Em nota enviada aos jornais, os dois ex-governadores refultam os argumentos usados pela equipe de Eduardo de que as contas do Governo não andam lá muito bem e pedem que o novo governante "saia do palanque".

Veja a nota na ?ntegra: A VERDADE SOBRE AS FINANÇAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO Os Governos Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho, desde o término do segundo turno das eleições do ano passado, adotaram por princ?pio descer do palanque e manter uma postura serena e transparente com os integrantes do novo governo de Pernambuco.

Esse comportamento significa respeito ao democrático resultado das urnas, bem como a consciência do bom trabalho realizado à frente do Governo de Pernambuco, entre 1º de janeiro de 1999 e 31 de dezembro de 2006.

Foi assim durante o per?odo da transição pol?tico-administrativo e após o último dia 1º, com a posse do novo governador.

A opinião pública em geral e a Imprensa de forma espec?fica são testemunhas de que as equipes dos Governos Jarbas e Mendonça Filho só se pronunciaram diante de tentativas localizadas de atingir a imagem de gestões bem avaliadas pelos pernambucanos.

Para que a disputa eleitoral se encerre e exista o diálogo e a concórdia, como conclamou o governador no seu discurso de posse, todos precisam descer do palanque, pois é isso que os pernambucanos desejam.

Na última sexta-feira (12/01), o próprio governador anunciou que amanhã (16.01) divulgaria os números da situação financeira do Governo de Pernambuco.

Segundo foi registrado pelos jornais do Estado, o governador afirmou que "o cofre está apertado", "sab?amos que ?amos enfrentar uma pedreira" e que teria recebido o Estado em "dificuldades".

Diante dessas colocações, a bem da verdade e da transparência no trato com as contas públicas e do respeito aos pernambucanos, os Governos Jarbas e Mendonça informam o seguinte: 1 - O Estado de Pernambuco se encontra enquadrado em todos os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme é de conhecimento público; 2 - A situação financeira do Governo do Estado de Pernambuco apresenta equil?brio financeiro, conforme reconhecido pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, que atestou o cumprimento de todas as metas firmadas com a União no âmbito do programa de ajuste fiscal; 3 - Os Governos Jarbas/Mendonça realizaram um árduo trabalho de reequil?brio das finanças do Estado, reduzindo a d?vida pública de R$ 7 bilhões em valores atualizados (1998) para R$ 4 bilhões (2006); o comprometimento da Receita Corrente L?quida com Pessoal, que caiu de cerca de 70% (1998) para em torno de 50% (2006).

Também foi recuperada a capacidade de geração de poupança corrente (antes negativa) para realizar investimentos; 4 - O Governo Mendonça concluiu a gestão no dia 31/12/2006 pagando de forma antecipada o 13º; os salários dos servidores do mês de dezembro; o pagamento a fornecedores na ordem de R$ 200 milhões; o pagamento da d?vida pública estadual com a União e bancos; pagou todos os precatórios do ano de 2005 e os 2006 autorizados pela Procuradoria Geral do Estado. 5 - Reafirmamos que a gestão atual recebeu dos Governos Jarbas/Mendonça saldos de contratos de empréstimos internacionais e convênios na ordem de 1,3 bilhão, para investimentos em projetos nas áreas de saneamento, educação de qualidade, programa de combate à pobreza rural, turismo, infra-estrutura, desenvolvimento da Zona da Mata e região metropolitana.

Recursos como o do Promata, programa contratado pelo Governo Jarbas/Mendonça e em execução, que permitiu ao atual governador dar ordens de serviços - com apenas 12 dias de gestão - no valor de R$ 2,1 milhões, em três munic?pios da Zona da Mata. 6 - Com esse tipo de comportamento, o atual Governo deixa clara a sua tentativa de confundir a opinião pública para passar a falsa idéia de que o Estado de Pernambuco enfrenta dificuldades financeiras.

O que não tem aderência junto aos pernambucanos, que acompanharam o processo de reequil?brio financeiro do Estado; 7 - A postura do atual Governo só pode ser interpretada como uma forma de encontrar um pretexto para o descumprimento das inúmeras promessas de campanha. 8 - Reafirmamos o compromisso com Pernambuco e com a defesa do legado dos governos Jarbas/Mendonça, que resgatou a auto-estima dos pernambucanos e o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado.