Ainda na transição, o governador eleito, Eduardo Campos, prometeu uma solução para o impasse com a Caixa para hoje.
Não saiu acordo algum.
Em nota oficial, depois de encontro com a presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos, nesta segunda-feira, no Palácio do Governo, o governador Eduardo Campos anunciou que recorreu a um recurso jur?dico legal e suspendeu, por 60 dias, qualquer movimentação nas ações judiciais, o que possibilita a volta das conversações com a Caixa.
Segundo o governo, essa seria ‘a primeira medida’ para resolver o impasse com a Caixa, voltando liberando recursos para a Compesa.
Na nota oficial, o governador também diz que chegou a ventilar a possibilidade do Estado “fazer o caminho inverso??? e recomprar as ações vendidas à Caixa, ainda em 1989.
A nota não explica de onde viriam os recursos para recomprar as ações, que de acordo com a Caixa já superam a casa dos R$ 300 milhões, atualmente. “Nós vamos nos entender???, garantiu Eduardo, segundo a nota.
O governo do estado e a Caixa precisam resolver o impasse gerado ainda em 1999, quando o então governador Jarbas Vasconcelos ofereceu cerca de 30% das ações da Compesa como parte de uma operação, que tinha como objetivo final a privatização da estatal.
Na oportunidade, o banco adquiriu ações da Companhia, como garantia de um adiantamento dos recursos, que seriam gerados com a venda. “Em valores de hoje, esse montante chega perto dos R$ 318 milhões???, frisou o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Fernando Nogueira. “O estado não pode continuar de fora da divisão dos recursos direcionados pelo Governo Federal (R$ 44 bilhões apenas este ano) para a área de saneamento???. “Pernambuco está entre os piores estados em matéria de saneamento.
Os indicadores da Região Metropolitana do Recife são inaceitáveis???, pontuou. “Mesmo que as equipes não cheguem a uma solução, a sociedade precisa saber o quanto Pernambuco está perdendo com isso???, lembrou o governador.