O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) acabou de falar ao noticiário NE-TV 1.

Edição (TV Globo).

Ele negou qualquer envolvimento com um suposto esquema de desvio de recursos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no per?odo em que esteve à frente do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

A Procuradoria da República no Distrito Federal entrou com ação de improbidade administrativa contra o deputado. (Leia o que publicamos mais cedo).Jungmann disse que é inocente e que confia na Justiça do Brasil.

Ele não teme ser investigado e falou que não quer clemência. "Quero rigor e justiça.

Quero ser julgado como qualquer cidadão".

Em tom de recado aos adversários, o parlamentar avisou que a denúncia não servirá para fazê-lo desistir da terceira via pela disputa da presidência da Câmara.

De Bras?lia, Jungmann concedeu entrevista coletiva.

Leia o que publicou, há pouco, a Folha Online: "Esse é um processo que vinha rolando há quatro ou cinco anos, do qual só participei como testemunha.

Foi com a mais absoluta surpresa que recebi a ação, já que não fui chamado anteriormente pela Procuradoria e só tomei conhecimento da not?cia", afirmou.O deputado disse que pediu ao presidente do PPS, Roberto Freire (PE), para que abra investigação dentro do partido para apurar seu envolvimento no caso.

Jungmann afirmou que também procurou o presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), para que o órgão também abra investigação sobre o seu poss?vel envolvimento no caso."Como homem público, tenho que explicar qualquer denúncia.

Quero que o partido e a minha própria Casa me investiguem.

O mesmo rigor que sempre cobrei na qualidade de juiz, quero sobre mim", afirmou.Jungmann considerou "estranho" o momento em que o Ministério Público do DF divulgou a denúncia, em meio às suas articulações por uma terceira candidatura à presidência da Câmara. "Eu acho que existem coincidências, mas quero me defender.

Eu não posso deixar de estranhar esse momento em que a gente lidera a terceira via, em que brigamos pela moralidade desta Casa.

Mas não quero clemência, quero rigor e Justiça.

Eu vou até o fim", afirmou.Além do deputado, mais oito pessoas e três empresas são rés na ação da Procuradoria.

Segundo o MP, o esquema envolvia o desvio de recursos públicos para o pagamento de contratos de publicidade do Incra, em um preju?zo estimado de R$ 33 milhões, entre os anos de 1998 e 2002. (Por Cec?lia Ramos)