Foi realmente apimentada a posse do novo procurador-geral de Justiça do Estado, Paulo Varejão, nesta quarta-feira, na Assembléia Legislativa.

Ao assumir o cargo, Varejão criticou a postura adotada pelo procurador Francisco Sales, seu antecessor na instituição, classificando-a de “puramente eleitoreira???.

Sales anunciou no in?cio da semana um pacote de ações que permite aos promotores de Justiça realizar inspeções mensais em delegacias, cadeias públicas e batalhões da Pol?cia Militar, além de acompanhar a condução de investigação policial.

Varejão ironizou o antecessor ao dizer que ele podia tomar a iniciativa há bastante tempo e não se tratava de novidade na constituição. “A Constituição já completou a maioridade, tem 18 anos.

Acho que Sales poderia ter tomado essa decisão há mais tempo, mas deixou para fazê-la quando está saindo do cargo???, criticou Varejão.

A troca de farpas incluiu até os nomes dos funcionários do MP que poderiam assumir as funções de controle da pol?cia.

Sales disse que tinha uma série de nomes a indicar. “Quem tem que avaliar e indicar sou eu, que estou assumindo o MPPE???, declarou.

As cr?ticas foram feitas em entrevista de Varejão que precedeu o discurso de Francisco Sales.

Inflamado com as colocações, Sales subiu à tribuna e perpetrou as caneladas em Varejão, no discurso de despedida. “Saio com a certeza do dever cumprido.

Fui eleito com a maioria dos votos e honrei a confiança que recebi para ser procurador-geral de Justiça." Varejão ficou em segundo lugar na lista tr?plice eleita pela categoria, mas foi escolhido para chefiar o Ministério Público pelo governador Eduardo Campos, que preteriu a candidata mais votada, Lais Teixeira.