Eduardo Campos cobrou a consolidação dos investimentos federais no Nordeste na reunião em que os governadores da região realizaram em Natal, nesta quinta-feira, para debater demandas a serem apresentadas ao presidente Lula. "Estamos aqui falando pelo Brasil, porque a questão nordestina está contida na questão brasileira e não pode ser tratada de outra forma", disse Eduardo.
O governador de Pernambuco conclamou os governadores a firmar um conjunto de reivindicações e atuar de forma unificada. "A guerra fiscal nos dividiu por muito tempo, com as conseqüências que conhecemos.
A hora agora é de pensar o Brasil pensando o Nordeste", disse, pedindo ao governo federal "atenção para a realidade da região". "O projeto da Sudene, aprovado pela Câmara em meio a amplo consenso, sofreu vetos sem que as lideranças eleitas pelo povo nordestino tivessem o direito de opinar sobre o assunto.
Esperamos que agora, na regulamentação, estes erros não sejam cometidos e os governadores sejam ouvidos na discussão da MP que vai regulamentar a nova Sudene", acrescentou.
O governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), fez coro com o socialista. "Não dá para entender o porquê dos sete governadores nordestinos da base do Presidente Lula não terem sido ouvidos sobre os vetos".
As parcerias da região para o Programa Piloto de Investimentos, o PPI, incluem temas como um grande projeto de abastecimento d\água, capaz de levar água tratada para todos os aglomerados urbanos da região; um programa de infra-estrutura que recupere e construa estradas que sirvam a vários estados e, por fim, que seja deixado espaço para que cada governador apresente demandas espec?ficas do estado.
Um documento detalhado será entregue pelos governadores ao presidente Lula.
Eduardo também pediu atenção para o Prodetur. "É preciso que o BNB simplifique a tramitação dos processos.
Ao contrário, os prazos dificilmente serão cumpridos e os recursos não serão repassados", explicou.
O governador de Pernambuco também sugeriu que a União receba parte da d?vida ativa dos contribuintes para com os estados, emita t?tulos e antecipe recursos, condicionando esse adiantamento à garantia que os recursos sejam investidos em obras, levando os estados a possuir seu próprio PPI. "É como se você tivesse uma divida com um banco e entregasse seu carro, ou sua casa, como garantia da quitação", comparou.
Pernambuco possui cerca de R$ 8 bilhões em d?vidas, sendo R$ 2 bilhões receb?veis.