Uma sentença que acaba de ser assinada por um juiz do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) é a s?ntese do descalabro dos nossos dias na área de segurança.

Envolve policiais que montam empresas de segurança, soldados com salários miseráveis e dispon?veis ao bico, nem sempre de luxo, empresas que contratam empresas clandestinas para reduzir custo e a liberalidade do comando da PM para coibir tal prática, condenável sob todos os aspectos.

A sentença foi dada no ultimo dia 20 de dezembro 2006, sem nenhum alarde.

O nome do major PM é Euresto Souza de Araújo.

Ele foi condenado a dois anos e seis meses de detenção por ter empresa de segurança privada e ter dado armas de fogo a pessoas inabilitadas para portar armas.

Os seguranças não eram nem policiais e nem eram vigilantes habilitados para tal.

Os seguranças foram presos na casa noturna Fun House, por policiais federais.

Ao longo das investigações, o major negou que a empresa fizesse segurança privada e que sua função era limpeza, como manutenção, conservação e recepção, não se caracterizando como uma empresa de segurança.

Não convenceu o Ministério Publico do Estado de Pernambuco (MPPE) nem o Judiciário.

O major admitiu ser titular da empresa Armadura, mas alegou que as armas apreendidas em poder dos demais acusados pertenceriam à própria casa noturna Fun House, que recebia segurança da empresa.

Revelou que dois policiais civis trabalhavam para ele, fazendo a distribuição e coleta de dinheiro entre os caixas da Fun House.

O major respondeu todo processo em liberdade.

Ao final, o juiz concedeu o direito de recorrer em liberdade.

Hoje, o PM já está na reserva remunerada da PM.

Em breve, mais detalhes do caso.