Ninguém apercebeu-se, mas o governador eleito fez, finalmente, mesmo que t?mida, uma defesa pública do polêmico projeto de transposição das águas do São Francisco, aquele que Lula disse que seria sua prioridade para o Nordeste e não chegou a sair do papel.

Na campanha, apesar da importância do projeto para a produção regional, Eduardo Campos evitou o tema para não perder votos das pessoas contrárias à obra.

No discurso, o tema ocupou uma citação, em um parágrafo, no discurso de seis páginas, quando Eduardo Campos faz cr?ticas ao neoliberalismo, louvando projetos de Lula para retomada da economia regional.

O pedaço do discurso é esse: “Em nosso Estado e em nosso pa?s os defensores do modelo neoliberal diziam que o Estado haveria de se afastar da economia, para que a economia crescesse.

Hoje, como se vivêssemos uma fina ironia da história, toda perspectiva de desenvolvimento da economia pernambucana está fortemente ligada a projetos liderados pelo Estado brasileiro, como a refinaria, o estaleiro, a ferrovia transnordestina, a hemobrás, a transposição do Rio São Francisco e tantos outros empreendimentos???.