MP move ação contra delegadoPublicado no JC em 14.11.2003 Delegado de Repressão ao Roubo de Carga, César Kreyci Urach, está sendo investigado por prestar serviços de segurança particular para empresas privadas O Ministério Público de Pernambuco entrou com uma ação civil pública contra o delegado de Repressão ao Roubo de Carga, César Kreyci Urach.

Ele está sendo investigado por prestar serviços de segurança particular para empresas privadas.

O procedimento partiu do depoimento do delegado César Urach à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico e da Pistolagem, no dia 16 de maio de 2000.

Durante a sessão, o delegado César Urach confessou ter realizado funções paralelas às atividades policiais.

A ação está sendo desenvolvida através da promotoria de Defesa do Patrimônio Público da Capital.

De acordo com a Lei 6.425/72, a participação de qualquer policial em outra atividade pública ou privada, com fins lucrativos, é considerada ilegal.

César Urach revelou que prestava o serviço através da empresa Piscar Projetos e Investigações Ltda.

A firma foi aberta em nome do filho do delegado, André Figueiredo Urach.

As empresas Pamcary Sistema de Gerenciamento de Risco s/c Ltda e Hebron Administração e Participação Ltda também foram inclu?dos na ação civil pública, assim como o nome de André Urach.

Os promotores responsáveis pela ação não quiseram se pronunciar sobre o caso.

De acordo com uma matéria publicada na edição de ontem do Diário Oficial, o Ministério Público Estadual avalia que a conduta representa um preju?zo para a imagem do Estado. "O policial que faz esse tipo de trabalho é conivente com a falta de segurança pública, na medida em que passa a ser remunerado individualmente para suprir essa deficiência", afirmou o chefe da Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp) da Pol?cia Federal, Everaldo Guedes Mariz.

O delegado César Kreyci Urach não foi localizado pela reportagem para falar sobre o assunto.

DADOS – De acordo com dados da Delesp, 45 empresas de segurança privada do Estado estão regulamentadas.

Para exercer as atividades de transporte de valores e vigilância armada, os estabelecimentos e os cursos de formação precisam ser autorizados pela Pol?cia Federal.

Atualmente, apenas seis escolas de cursos de vigilância estão regularizadas em Pernambuco.

Somente neste ano, 35 empresas clandestinas do setor foram fechadas.