O novo presidente da EMTU, Dilson Peixoto, afirmou ao Blog do JC, na manhã desta sexta-feira, que a licitação das concessões de linhas de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR) deve ser feita ainda no primeiro ano do governo Eduardo Campos.

Se poss?vel, já neste primeiro semestre. “Já temos modelos de licitação e vamos reabrir a discussão em breve???, prometeu.

Atualmente, 17 empresas operam o sistema, mas apenas uma delas detém uma concessão de fato e de direito - a CRT, antiga CTU, privatizada ainda na gestão Roberto Magalhães.

Dilson Peixoto explicou que as licitações terão que sair de todo jeito agora porque é uma exigência do Governo Federal para poder realizar investimentos na área de transportes nas cidades.

Caixa PretaVamos abrir toda a caixa preta da EMTU.

Todos os números da operação serão divulgados, inclusive com a imprensa.

Não sei dizer quando, mas vou criar um grupo de trabalho em breve para trabalhar nessa direção. É a orientação dada pelo governador Eduardo Campos (que já prometeu promover a transparência das contas governamentais em até 60 dias).

Um exemplo é o valor do res?duo dos vales transportes, que não são usados pelas empresas.

Ninguém sabe quanto isso representa, mas são valores consideráveis.

Prazo para as licitações das linhasNão há como atacar a concepção do projeto do consórcio metropolitano.

O governador precisa mandar o projeto para a Assembléia Legislativa e os prefeitos, para as câmaras municipais.

Se não sair neste semestre, sai este ano ainda, com certeza.

O Banco Mundial está sendo chamado para ajudar a modelar o consórcio.

Vamos em breve reabrir o debate com os prefeitos.

Hoje apenas a CRT (privatizada ainda com Roberto Magalhães) detém uma concessão.

Tudo prontoJá temos modelo de licitação para ser apresentado.

O que não está definido ainda é o percentual de cada ente na empresa que irá administrar o consórcio.

Pelo número em discussão, 45% pertencem ao Estado, 35% à Prefeitura do Recife e 20% para os demais munic?pios.

Isso vale para os bônus e os ônus (aporte nos investimentos).

Reação dos empresáriosEles têm medo da licitação.

Eles chiam, mas vai ser feita.

Não podemos ficar só com essa permissão precária.

Eles devem ser convencidos que é bom para o setor.

Depois que a licitação for feita, vai se estabelecer outra relação com o poder publico.

Tecnicamente, caso haja descompasso financeiro, cabe ao poder concedente realizar os aportes financeiros que garantam o equil?brio financeiro.

Não tem mágica.

Nessa área, a tarifa é formada pelo custo dividido pelo número de passageiros transportados.

Com novos investimentos, ampliamos o número de passageiros e o custo cairá.

Imposição federalTemos que fazer a licitação de todo jeito porque, do contrário, não vem mais dinheiro para os corredores de transporte.

Essa é uma das exigências para o repasse de recursos do programa Protransporte.

Temos que investir fortemente, o setor público, porque isso amplia a velocidade comercial e reduz os custos de todo o sistema.

Assim, temos que investir muito alto.

Dublê de empresário e secretárioA fam?lia José Chaves controla quatro empresas (Caxangá, CRT, Metropolitana e Rodoviária Metropolitana), mas elas não estão no nome dele.

Não pode. É um grupo muito competente.

Pesquisa de opiniãoVamos propor ao secretário a realização de uma pesquisa de opinião para saber o n?vel de satisfação da população com os serviços.

Queremos fazer a pesquisa para demarcar bem o momento em que pegamos a EMTU.

Simplificação na compra dos valesHoje não tem problemas para as empresas que fazem o carregamento lá mesmo.

Vamos facilitar (com poss?vel descentralização).

Em São Paulo, já se faz o carregamento em bancas de jornal.

Isso pode ser definido na licitação da bilhetagem eletrônica.

Essa licitação pode ser feita pelo próprio sindicato ou pela EMTU.