As informações desencontradas sobre a execução do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein reforçam as suspeitas de que seu enforcamento poderá ocorrer nas próximas horas. É o que diz a reportagem da Agência Estado em Bagdá.
Ainda segundo a agência de not?cia: A guerra de informações e as versões diferentes sobre quem estaria em poder de Saddam começaram após divergentes declarações de advogados e ju?zes envolvidos com o julgamento.
Os ju?zes disseram que Saddam já estava sob custódia das autoridades iraquianas, mas o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tom Casey, disse que o ex-ditador ainda estava sob custódia dos Estados Unidos nesta sexta-feira.
Em Washington, o Departamento de Defesa disse hoje que as forças norte-americanas no Iraque estão se preparando para controlar qualquer onda de violência que venha a ocorrer em decorrência da execução do ex-ditador. "As forças estão em alerta máximo", disse o porta-voz Bryan Whitman.
Governo Lula é contra a condenação à morte O governo Luiz Inácio Lula da Silva manifestou-se hoje contrariamente à condenação à morte de Saddan Hussein, confirmada no último dia 26 pela Corte Suprema de Apelação do pa?s.
Por meio de nota divulgada ontem pelo Itamaraty, o governo destacou que não há dúvidas sobre a brutalidade da administração ditatorial de Hussein, que estendeu-se de 1979 a 2003.
Indiretamente, o texto alertou que a aplicação da pena capital não contribuirá para o entendimento entre as forças pol?ticas do Iraque - condição tida pelo Itamaraty como essencial para a pacificação do pa?s - e reforçou a posição cr?tica do governo Lula às decisões unilaterais dos Estados Unidos."Por princ?pio, o Brasil é contrário à pena de morte, vedada pela Constituição Federal.
Em várias ocasiões, o governo brasileiro teve a oportunidade de demonstrar essa posição em votações nos órgãos de direitos humanos das Nações Unidas.
Ademais, não crê que a execução da sentença venha a contribuir para a pacificação do Iraque", afirmou o texto.
FONTE: Agência Estado